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Tempestade solar forte pode ter passado despercebida pelos cientistas

Por| Editado por Patricia Gnipper | 28 de Fevereiro de 2023 às 18h06

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SDO/AIA/Helioviewer
SDO/AIA/Helioviewer

A Terra recebeu tempestades geomagnéticas moderadas e fortes após uma corrente de vento solar, seguida de duas ejeções de massa coronal. O golpe triplo resultou em auroras boreais raras pelos EUA e em todo o Reino Unido, além de outras regiões da Europa.

Na tarde de sexta-feira (24), um filamento magnético conectado à mancha solar AR3229 entrou em erupção e produziu uma reação em cadeia de eventos. A mesma mancha foi a responsável pela maior erupção dos últimos dez anos, registrada no dia 17 deste mês.

Dessa vez, a erupção foi de classe M3 — mais moderada que o evento do dia 17 — e durou cerca de quatro horas. Ao chegar à Terra, a radiação ionizou o topo da atmosfera terrestre e causou apagões em transmissões de rádio no Oceano Pacífico. Em seguida, ocorreu uma ejeção de massa coronal (CME, na sigla em inglês) enviada diretamente à Terra a 1.200 km/s.

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Abaixo, você confere a explosão do filamento de plasma.

Formadas por partículas carregadas (prótons e elétrons), as CME costumam demorar bem mais que a radiação para chegar ao nosso planeta. No entanto, as ondas de choque dentro do CME do dia 24 aceleraram os prótons até quase a velocidade da luz, trazendo-os à nossa atmosfera em apenas algumas horas.

As partículas são conduzidas pelo campo magnético terrestre para os polos, principalmente ao norte, causando tempestades geomagnéticas. Nesse caso, isso resultou em um segundo tipo de blecaute de rádio, conhecido como Absorção de Calota Polar.

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Como de costume, o evento também resulta em auroras boreais, e dessa vez os moradores do Reino Unido puderam observar as icônicas luzes coloridas que costumam aparecer apenas em países nórdicos da Europa, como Noruega, Finlândia e norte da Rússia.

No vídeo abaixo, você confere a CME do dia 24/02, com dados da SOHO.

Entre os dias 27 e 28, os astrônomos ficaram em alerta para novas tempestades geomagnéticas de classes G2 (moderadas) a G3 (fortes), causadas por uma segunda CME, o que pode intensificar ainda mais a tempestade geomagnética do fim de semana.

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Até o momento, os cientistas ainda não têm certeza se a segunda onda de partículas solares já chegaram ou não. O motivo da dúvida é um possível erro no instrumento Faraday Cup, do satélite DSCOVR da NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, EUA).

Contudo, se as leituras logo após a falha estiverem corretas, a nova tempestade geomagnética chegou despercebida, com pico na categoria G3.

Fonte: Spaceweather.com