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Telescópio NEOWISE: novo vídeo traz 12 anos de imagens do observatório

Por| Editado por Patricia Gnipper | 18 de Outubro de 2022 às 16h45

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NASA/JPL-Caltech
NASA/JPL-Caltech

Nesta terça-feira (18), a NASA divulgou um novo vídeo das imagens capturadas pelo telescópio NEOWISE (Near-Earth Object Wide Field Infrared Survey Explorer). A sequência traz 18 mapas completos do céu produzidos pelo telescópio espacial em um vídeo que, embora seja breve, revela mudanças registradas ao longo de mais de uma década de observação.

Sozinhos, os mapas já são de enorme importância para os astrônomos. Mas, quando aparecem em um vídeo de time-lapse, como é o caso da nova animação, eles se tornam recursos com ainda mais destaque para a compreensão do universo. Ao compará-los, é possível identificar objetos que sofreram mudanças de posição ou brilho.

Confira:

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Amy Mainzer, investigadora principal do NEOWISE na Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, comentou que pode até parecer que os pontos brilhantes que vemos no céu noturno estão imóveis, sem sofrer mudanças — mas ela destaca que este não é o caso. “As estrelas estão brilhando e explodindo, asteroides estão passando. Buracos negros estão rompendo estrelas. O universo é um lugar muito ativo, muito ocupado”, disse.

Parte deste movimento aparece no vídeo, com sequências de anãs marrons ocultas, um buraco negro se alimentando de matéria, uma estrela chegando ao fim de sua vida e mais. Com a missão NEOWISE, os astrônomos conseguem observar objetos como estrelas e buracos negros, junto de seus movimentos e mudanças com o tempo.

Para isso, o NEOWISE completa meia volta ao redor do Sol a cada seis meses, tirando fotos em todas as direções ao longo da viagem. Quando unidas em um único material, estas imagens formam mapas completos do céu, que indicam o local e brilho de centenas de milhões de objetos. Os 19º e 20º mapas produzidos com as imagens devem ser divulgados em março do ano que vem.

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O que o telescópio NEOWISE faz

Originalmente, o NEOWISE era um projeto de processamento de dados, desenhado para recuperar dados de asteroides identificados pelo observatório WISE. Este foi lançado em 2009 para estudar objetos fora do Sistema Solar por meio da luz infravermelha, emitida por objetos como estrelas próximas e galáxias brilhantes.

Devido ao esgotamento do refrigerante que ele tinha a bordo, usado para algumas observações, a missão do WISE acabou em 2011. Mesmo assim, a nave e alguns de seus detectores seguiram funcionais, e em 2013 a NASA decidiu reutilizá-lo para acompanhar asteroides e outros objetos próximos da Terra — nascia, ali, o telescópio NEOWISE.

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Com o novo nome, o telescópio infravermelho seguiu estudando o céu a cada seis meses, coletando dados de diferentes objetos do Sistema Solar. Entre eles, estão anãs marrons, estrelas em formação cercadas por coberturas de poeira e até buracos negros supermassivos, no interior de galáxias distantes. Em 2021, a NASA estendeu em mais dois anos a missão do NEOWISE.

Fonte: NASA