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Nova foto mostra detalhes dos braços de galáxia espiral a 49 milhões de anos-luz

Por| Editado por Patricia Gnipper | 21 de Março de 2022 às 22h10

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ESO/PHANGS
ESO/PHANGS

A galáxia NGC 4254, localizada a aproximadamente 49 milhões de anos-luz da Terra, foi registrada em diferentes comprimentos de onda pelo instrumento Multi-Unit Spectroscopic Explorer (MUSE), do Very Large Telescope (VLT). O resultado é uma imagem com detalhes espetaculares, que permitem que os cientistas tenham uma melhor compreensão dos processos de formação e evolução estelar na galáxia.

Também conhecida como “Messier 99”, a galáxia NGC 4254 fica a cerca de 49 milhões de anos-luz de nós em direção à constelação Coma Berenices, a Cabeleira de Berenice. O mais interessante é que ela pertence ao grupos das galáxias espirais conhecidas como “grand design”, ou seja, ao contrário dos braços irregulares das galáxias espirais floculentas, ela tem braços nítidos e proeminentes.

Veja a imagem:

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A imagem foi produzida como parte do projeto Physics at High Angular resolution in Nearby GalaxieS (PHANGS), voltado para a produção de imagens de galáxias próximas em alta resolução e em todos os comprimentos de onda do espectro eletromagnético. A ideia é utilizar este material para ajudar os cientistas a entender melhor os ciclos de formação e de vida das estrelas em galáxias.

Através dos “olhos” do instrumento MUSE, vemos uma combinação de observações em diferentes comprimentos de onda (ou cores) de luz, que mostram nuvens de gás ionizado por estrelas recém-nascidas. Assim, o hidrogênio, oxigênio e enxofre gasosos aparecem em vermelho, azul e laranja, respectivamente. Ao que tudo indica, a NGC 4254 não está passando por processos intensos de formação estelar.

Mesmo assim, tem atividade três vezes maior que a média para galáxias deste tipo. Os astrônomos acreditam que este comportamento pode ter sido causado por interações com alguma outra galáxia, que teriam ocorrido há milhões de anos. Como resultado, as interações teriam perturbado a galáxia, comprimindo o gás molecular dela o suficiente para iniciar a formação estelar.

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Uma possível pista deste passado está em um de seus braços espirais, que parece ser mais solto e extenso que os demais. De qualquer forma, a relativa proximidade desta galáxia com a Via Láctea e o ângulo com que conseguimos observá-la tornam a NGC 4254 um excelente objeto para estudos futuros — principalmente aqueles relacionados aos processos de formação estelar.

Fonte: ESO