SpaceX pausa lançamentos com Falcon 9 após falha em foguete
Por Danielle Cassita | Editado por Luciana Zaramela | 15 de Julho de 2024 às 12h20
A SpaceX não deve lançar seus foguetes Falcon 9 tão cedo. O motivo é que um deles explodiu na quinta (11) durante uma missão que levou mais satélites Starlink ao espaço, e desde então, o incidente está sob investigação da Administração Federal de Aviação (FAA), agência reguladora de voos nos Estados Unidos.
- Clique e siga o Canaltech no WhatsApp
- Tragédias espaciais: os 10 maiores acidentes de todos os tempos
Segundo um comunicado da FAA naquele dia, é preciso primeiro concluir uma investigação conjunta sobre a falha. “O retorno aos voos é baseado na determinação da FAA de que qualquer sistema, processo ou procedimento relacionado ao ocorrido não afete a segurança pública”, explicaram.
Além disso, existe a possibilidade de que a SpaceX precise solicitar — e receber — aprovação da FAA para alterar a licença de voo atual. Se este for o caso, a empresa vai precisar incorporar ações corretivas e outros requisitos da nova licença.
As medidas vêm após a anomalia ocorrida no lançamento de 20 satélites Starlink. Naquele dia, o estágio superior do foguete Falcon 9 não acionou seus motores pela segunda vez, como deveria ter feito.
Como resultado, os satélites foram liberados em uma órbita mais baixa do que o planejado. Em uma atualização publicada na quinta (11), a SpaceX confirmou que, devido à falha, todos os Starlink foram perdidos.
Ainda não se sabe o que causou a falha e nem o impacto da decisão para o cronograma de lançamentos da SpaceX. Por exemplo, o lançamento da missão Polaris Dawn aconteceria no fim de julho, levando o bilionário Jared Isaacman para a primeira caminhada espacial já realizada. Agora, é possível que acabe atrasada.
O Falcon 9 já foi lançado mais de 340 vezes em sequência sem nenhuma falha. A anomalia da última semana se junta a outro incidente com um Falcon 9 em junho de 2015, que causou a perda de uma nave cargueira Dragon que seguia à Estação Espacial Internacional.
Fonte: FAA