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Sonda Juno fotografa Ganimedes após 20 anos sem novas imagens da lua de Júpiter

Por| Editado por Patricia Gnipper | 09 de Junho de 2021 às 13h00

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NASA/JPL-Caltech/SwRI/MSSS
NASA/JPL-Caltech/SwRI/MSSS
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No último dia 7 de junho, a sonda espacial Juno sobrevoou Ganimedes, a maior lua de Júpiter, a uma distância de apenas 1.000 km de sua superfície. Além de ser a primeira aproximação em mais de 20 anos, este também foi o momento de fazer novos registros depois de tanto tempo. A Juno captou duas imagens com incríveis detalhes da complexidade geológica de Ganimedes, como crateras, terrenos escuros e longas estruturas que podem estar relacionadas às placas tectônicas.

Depois de se aproximar de Ganimedes, a equipe responsável pela missão Juno relatou que a sonda levaria algum tempo para enviar as novas imagens e dados para a Terra, pois a NASA costuma fazer isso quando a orbitador não está tão ocupada coletando dados. Durante sua aproximação no último dia 7 de junho, a sonda utilizou dois de seus instrumentos para obter cada uma das duas imagens, uma obtida pelo gerador de imagens JunoCam e outra pela câmera de navegação Stellar Reference Unit (Unidade de Referência Estelar, em tradução livre).

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O principal investigador da missão, Scott Bolton, da Southwest Research Institute, explica que este foi o mais próximo que uma espaçonave já chegou da maior lua do Sistema Solar em uma geração. A última vez que uma nave sobrevoou Ganimedes foi em 20 de maio de 2000, enquanto a sonda Galileo explorava o sistema de Júpiter. “Vamos levar um tempo antes de tirar qualquer conclusão científica, mas até então podemos simplesmente maravilhar-nos com esta maravilha celestial”, acrescenta Bolton.

A câmera de imagens em luz visível, a JunoCam, utilizou seu filtro verde para poder capturar quase um lado inteiro da lua congelada. Mais tarde, quando as versões dessa mesma imagem com filtro vermelho e outra com filtro azul estiverem prontas, a equipe da missão poderá combiná-las e fornecer um retrato colorido de Ganimedes. A outra imagem, obtida pela Stellar Reference Unit, é apenas em preto e branco e, nela, parte do lado oculto da lua, isto é, aquela em oposição ao Sol, é revelada em meio a uma luz muito fraca refletida pelo gigante Júpiter.

Conforme aponta Heidi Becker, chefe de monitoramento de radiação da Juno no Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), da NASA, as condições para a coleta de imagens do lado escuro de Ganimedes eram ideais para uma câmera de pouca luz como a Stellar Reference, enquanto a JunoCam apresenta uma versão da superfície da lua através da luz visível. “Portanto, esta é uma parte diferente da superfície do que a vista pela JunoCam sob a luz solar direta. Vai ser divertido ver o que as duas equipes podem juntar”, acrescenta Becker.

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Nos próximos dias, a Juno enviará mais imagens de seu sobrevoo — mas os primeiros registros crus da JunoCam já podem ser acessados no site oficial da missão Juno. Dessa maneira, qualquer pessoa que entenda de processamento de imagens astronômicas pode criar uma versão colorida de Ganimedes, assim como fez o pessoal da Revista AstroNova:

A expectativa é que o encontro entre a sonda Juno e Ganimedes produza uma nova percepção sobre a composição, ionosfera, magnetosfera e a camada de gelo da lua, além de fornecer medições do ambiente de radiação — dados fundamentais para o planejamento de outras missões de exploração do sistema de Júpiter.

Fonte: NASA