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Este raro sistema binário de anãs marrons tem a maior separação já observada

Por| Editado por Patricia Gnipper | 18 de Fevereiro de 2022 às 13h10

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NASA/JPL-Caltech
NASA/JPL-Caltech

Uma dupla rara de anãs marrons, separadas pela maior distância já observada em sistemas binários destes objetos, acaba de ser encontrada. O estudo foi liderado por Emma Softich, graduanda da Arizona State University (ASU), e pode ajudar astrônomos a estudar sistemas binários de anãs marrons para desenvolver modelos e procedimentos que ajudem a encontrar mais delas, no futuro.

As anãs marrons são objetos com massa que as colocam no meio-termo entre gigantes gasosos e pequenas estrelas. Como não são massivas o suficiente para realizar fusão nuclear e brilhar como estrelas comuns, elas são conhecidas como “estrelas fracassadas” — mas, mesmo assim, as anãs marrons são quentes o suficiente para emitir energia.

Para o estudo, pesquisadores da University of California San Diego utilizaram o instrumento Near-Infrared Echellette Spectrometer (NIRES), do Keck Observatory, para coletar o espectro infravermelho do sistema binário de anãs marrons CWISE J014611.20-050850.0AB. Os dados obtidos pela equipe mostraram que elas estavam a cerca de 19 bilhões de quilômetros entre si, distância equivalente a quase três vezes aquela entre Plutão e o Sol.

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Essa distância confirma que este par raro quebra é o recordista de maior separação já observada. “Devido ao tamanho pequeno, os sistemas binários de anãs marrons costumam estar muito próximos entre si”, explicou Softich. “Encontrar um par com uma separação tão grande é algo muito empolgante”. A descoberta é impressionante, já que as duplas de anãs marrons têm mais chances de se separarem por terem menor força gravitacional entre si.

Adam Schneider, coautor do estudo, destacou a importância da descoberta. “Sistemas grandes e de baixa massa, como é o caso do CWISE J014611.20-050850.0AB, costumam ser rompidos logo no início de suas vidas”, explicou. “O fato de que esse sobreviveu até agora é bastante surpreendente”.

Agora, a equipe espera que a descoberta ajude os astrônomos a estudar outros sistemas de anãs marrons, e desenvolver modelos e procedimentos que vão ajudar a descobrir mais sobre elas no futuro. “Os sistemas binários são usados para calibrar várias relações na astronomia, e este par recém-descoberto vai representar um teste importante para modelos de formação e evolução das anãs marrons”, concluiu Jennifer Patience, coautora.

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O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista The Astrophysical Journal Letters.

Fonte: The Astrophysical Journal Letters; Via: W. M. Keck Observatory