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Satélite europeu está a caminho de reentrada na atmosfera da Terra

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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ESA
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O satélite ERS-2, da Agência Espacial Europeia (ESA), vai retornar para a Terra nos próximos dias — e pode ficar tranquilo, pois os riscos de os fragmentos atingirem uma pessoa em solo são extremamente baixos. Sua missão foi encerrada há 13 anos, e desde então, a equipe do satélite reduziu sua altitude de pouco a pouco para evitar impactos com outras espaçonaves em órbita

Lançado em abril de 1995, o satélite ERS-2 foi a espaçonave de observação da Terra mais sofisticada de sua época. Junto do ERS-1, o ERS-2 coletava dados sobre as massas de terra, oceanos e calotas polares, e contribuiu também para o monitoramento de desastres naturais. Como não há formas de as equipes em solo interferirem, o ERS-2 vai reentrar naturalmente. 

Segundo a ESA, o ERS-2 deve reentrar na atmosfera na próxima quarta-feira (21) às 21h24 no horário de Brasília, mas a data exata do retorno ainda é incerta. “Esta incerteza se deve principalmente à influência da atividade solar imprevisível, que afeta a densidade da atmosfera da Terra e, portanto, o arrasto sofrido pelo satélite”, explicaram os membros da agência em uma publicação no X, o antigo Twitter

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Durante a reentrada, o atrito entre os gases atmosféricos e a estrutura do satélite devem fazer com que sua estrutura fique quase totalmente queimada. Henri Laur, diretor da missão de observação da Terra na ESA, comentou que o maior fragmento do satélite com chances de chegar ao solo pesa 52 kg. 

Mesmo que este ou algum outro pedaço resista à viagem pela atmosfera, a chance de atingir alguma pessoa em solo é bastante baixa. "A probabilidade de um pedaço de satélite cair na cabeça de alguém é estimada em uma em um bilhão", disse Benjamin Bastida Virgili, engenheiro de sistema de detritos espaciais na ESA.

Esta não é a primeira vez que um satélite da ESA realiza uma reentrada após o fim da sua missão. No ano passado, o satélite Aeolus, também da agência espacial, retornou controladamente e caiu no oceano Atlântico. Mas, neste caso, os membros da ESA puderam ajudar no processo e garantir que seria seguro, algo possível porque o Aeolus estava em uma órbita bem mais baixa que aquela do ERS-2.

Fonte: Phys.org