Rocha lunar trazida pela Apollo 17 foi comprada "por acaso" e então devolvida
Por Wyllian Torres | Editado por Patricia Gnipper | 01 de Outubro de 2021 às 18h10
Enquanto um colecionador de armas na Flórida comprava sobras de madeira para manutenção de algumas peças, ele se deparou com um placa bem distinta. Nela, estava um pedaço de amostra da Lua coletada pela missão Apollo 17, em 1972 — a última missão tripulada enviada ao nosso satélite natural. O comprador, que não teve sua identidade revelada, disse ao site CollectSPACE não se lembrar exatamente onde comprou o item, mas, assim que percebeu do que se tratava, devolveu o objeto ao estado da Louisiana. O caso revela um problema bem maior: centenas de rochas lunares desaparecem sem qualquer explicação ao longo das décadas.
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Segundo o portal CollectSPACE, o comprador da placa não se lembra exatamente quando a comprou e tampouco por quanto tempo esteve com ela, mas provavelmente a encontrou em alguma venda de garagem nos últimos 15 anos. Com as peças de madeira usada, ele repara algumas peças de suas armas.
Através do Programa Apollo, cerca de 379 pedaços de rochas da Lua foram trazidos para a Terra. Parte desse número foi distribuído pelo então presidente Richard Nixon aos 50 estados norte-americanos e a outros países. A maioria delas é relatada como roubada e, assim como a rocha devolvida ao estado da Louisiana, sem qualquer explicação sobre como isto aconteceu.
Esta não é a primeira vez que uma rocha lunar é devolvida voluntariamente na Louisiana. A curadora-chefe do Louisiana Art and Science Museum, Elizabeth Winstein, disse em uma entrevista ao The Advocate, em 2018, que não tinha ideia de onde um pedaço de rocha coletada pela Apollo 11, até então desaparecido, poderia estar. Posteriormente, a rocha foi encontrada no próprio museu — como chegou ali, é um mistério.
O diretor do Louisiana Art and Science Museum, Steven Maklansky, revelou que o museu não pretende abrir uma investigação aprofundada sobre os caminhos desconhecidos que ambas amostraras percorreram até chegar ali. Então, ao que tudo indica, esse mistério permanecerá pelo ar. De todo modo, Maklansky compartilhou sua alegria por ter a rocha espacial guardada no museu.
Fonte: Futurism, The Advocate