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Robô com "pernas" poderá explorar regiões de difícil acesso na Lua

Por| Editado por Patricia Gnipper | 26 de Setembro de 2022 às 16h15

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ETH Zürich/RSL Robotics Labs
ETH Zürich/RSL Robotics Labs

Uma equipe de pesquisadores do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (EHT), Universidade de Münster e outras instituiçõesm trouxe uma atualização à missão LEAP (sigla de “Legged Exploration of the Aristarchus Plateau”). Composta por um robô com “pernas” e apoiada pela Agência Espacial Europeia (ESA), a missão ainda é um estudo conceitual, mas se for desenvolvida, planeja lançar o robô à Lua para explorar as regiões mais desafiadoras de lá.

O LEAP foi desenvolvido principalmente com base no robô ANYmal, do EHT. Este é um robô capaz de se mover por diferentes superfícies e percorrer grandes distâncias em curtos períodos, escalando encostas, implementando instrumentos científicos e até se recuperando em caso de queda. Assim, a parceria entre as diferentes instituições foi firmada para que os pesquisadores adaptem o LEAP para o ambiente lunar.

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Inicialmente, o robô foi treinado em um ambiente virtual que simula o terreno, a gravidade e a poeira lunar. “É interessante que o ANYmal começou a usar um modo de locomoção com pulos, assim como os astronautas do programa Apollo fizeram — ele percebeu que pular pode ter mais eficiência energética do que andar”, observou Patrick Bambach, do Instituto Max Planck de Pesquisa no Sistema Solar.

A versão do LEAP desenvolvida até o momento pesaria menos de 50 kg e teria cerca de 10 kg de cargas úteis. O robô é capaz de levar diferentes sensores multiespectrais, radares de penetração no solo, espectrômetros de massa e outros instrumentos. A equipe está trabalhando para que o robô LEAP seja integrado ao lander Large Logistic Lander (EL3), da ESA, que deverá ser lançado para pousar várias vezes na Lua ao longo da década.

Bambach explica que o alvo da LEAP é a planície Aristarchus, uma região lunar rica em formações geológicas e de difícil acesso. “Com o robô, podemos investigar características essenciais para estudar a história geológica e a evolução da Lua, como as ejeções ao redor de crateras, locais de impactos recentes e tubos de lava colapsados, onde o material pode não ter sido alterado pelo clima espacial e outros processos”, explicou.

Fonte: Europlanet Science Congress