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Rajadas rápidas de rádio perfuram galáxia vizinha da Via Láctea

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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ASTRON/Futselaar/van Leeuwen
ASTRON/Futselaar/van Leeuwen

Cinco novas rajadas rápidas de rádio (FRBs) detectadas por um radiotelescópio em Westerbork, na Holanda, perfuraram a galáxia do Triângulo, uma das vizinhas da Via Láctea. A descoberta veio após a atualização dos instrumentos e foi publicada na revista Astronomy & Astrophysics.

As FRBs são explosões em ondas de rádio misteriosas, cuja origem é desconhecida pelos astrônomos, mesmo com muitas detecções desde a primeira observação em 2007. Elas duram poucos milissegundos mas liberam cargas de energia incrivelmente poderosas.

Em muitos casos é difícil determinar até mesmo de qual galáxia as rajadas vieram, mas os astrônomos suspeitam que elas são emitidas por estrelas de nêutrons. O problema é que não existe alguma maneira de saber quando e onde uma delas vai acontecer.

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Com as atualizações do telescópio de Westerbork, os cientistas conseguiram detectar cinco novas FRBs em imagens muito mais nítidas do que as obtidas antes. Além disso, o supercomputador ARTS — também implementado na atualização dos telescópios de Westerbork — permitiu aumentar a nitidez das imagens.

Se ainda não podemos descobrir o que produz essas explosões, os cientistas ao menos podem usá-las para saber mais sobre a matéria do universo. É que as rajadas viajam pelo universo atravessando diversas nuvens de poeira cósmica, que de certa forma deixam suas marcas sobre o sinal de rádio das FRBs.

Com os dados dos instrumentos atualizados e com a localização exata das FRBs, os astrônomos descobriram que várias delas haviam perfurado a Galáxia do Triângulo. Não só isso: também foi possível usar as rajadas para determinar o número máximo de átomos invisíveis nessa galáxia, pela primeira vez

Rastrear os átomos e seus elétrons em galáxias é importante para saber mais sobre a matéria escura do universo — um tipo de substância presente em todas as galáxias e que não interage com a luz, mas talvez deixe sua marca nas FRBs.

Fonte: Astronomy & Astrophysics, via: Astron.nl