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Novas rajadas rápidas de rádio repetitivas são encontradas por algoritmo

Por| Editado por Patricia Gnipper | 31 de Janeiro de 2023 às 09h49

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CHIME/MIT News
CHIME/MIT News

Com a ajuda de um novo algorítimo, cientistas descobriram 25 novas fontes de rajadas rápidas de rádio (FRBs, sigla em inglês) repetitivas detectadas pelo radiotelescópio CHIME, localizado em British Columbia, Canadá. No total, foram identificados 54 objetos diferentes emitindo essas explosões misteriosas.

As FRBs são frutos de eventos extremamente poderosos e desconhecidos que ocorrem no universo. Segundo as estimativas, mais de 3 mil delas chegam à Terra todos os dias, por todos as regiões do céu. Apesar disso, o CHIME, um dos principais detectores de FRBs, localizou apenas pouco mais de 1.000 delas.

Dentre essas detecções, só foram identificadas 29 rajadas repetitivas, tornando essa categoria de FRB um tanto rara. Por outro lado, praticamente todas as rajadas repetitivas se repetiam em períodos irregulares — exceto a FRB 180915, descoberta por pesquisadores do CHIME em 2018, pulsando precisamente a cada 16,35 dias.

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Essas rajadas liberam mais energia em um milissegundo do que o Sol em três dias, tamanhas as suas intensidades. Nenhuma teoria ou modelo de objetos cósmicos pode revelar ao certo a origem desses eventos, embora uma das maiores suspeitas de produzi-los sejam magnetares. Outras explicações mais exóticas afirmam que as rajadas seriam emitidas por planetas despedaçados.

Agora, o novo estudo da colaboração internacional CHIME/FRB usou um algorítmo para varrer os dados já coletados pelo radiotelescópio e encontrou 25 novas fontes de rajadas que se repetem. O algoritmo “considera todas as rajadas rápidas de rádio que o telescópio CHIME detectou e procura agrupamentos de FRBs que tenham posições consistentes no céu”, disse Ziggy Pleunis, principal autor da pesquisa.

Em seguida, a equipe realizou “várias verificações para garantir que as rajadas em um aglomerado realmente vêm da mesma fonte”, completou Pleunis. Além da posição da fonte no céu, é importante determinar algo chamado Medida de Dispersão (DM) das FRBs.

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A Medida de Dispersão se refere ao atraso de tempo entre as mudanças de altas para baixas frequências, causado pelas interações da rajada com a matéria encontrada em seu caminho enquanto viaja pelo espaço. O novo algorítimo também pode determinar a DM das rajadas detectadas.

Com isso, a equipe descobriu que somente 2,6% de todas as rajadas rápidas de rádio já descobertas se repetem, enquanto muitas das rajadas “comuns” emitiram apenas alguns surtos de repetições. Em outras palavras, as fontes — sejam quais forem — das rajadas mais “silenciosas” são bastante inativas.

Entretanto, deve haver alguma atividade mínima nessas fontes de rajadas não-repetitivas. Os autores afirmam que “não podemos descartar” que essas fontes acabem por repetir suas rajadas em algum momento. “É possível que todas as fontes de rajada rápida de rádio eventualmente se repitam, mas muitas fontes não são muito ativas”, disse Pleunis.

O artigo da pesquisa está disponível no arXiv.org e aguarda revisão de pares.

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Fonte: Cornell University; Via: Universe Today