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Qual o risco de um asteroide atingir a Terra nos próximos mil anos?

Por| Editado por Patricia Gnipper | 18 de Maio de 2023 às 12h01

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Reprodução/CoolVid-Shows/Pixabay
Reprodução/CoolVid-Shows/Pixabay

Qual é a chance de um asteroide atingir a Terra no próximo século? E em um milênio? Para descobrir, cientistas analisaram as órbitas dos objetos próximos da Terra (ou “NEOs”, na sigla em inglês), nome dado aos asteroides e cometas com tamanho que vai desde alguns metros a dezenas de quilômetros. Os resultados mostraram que eles não nos oferecem riscos significativos nos próximos 100 anos, mas depois, não se sabe ao certo.

Diferentes instituições vêm monitorando e catalogando os NEOs conhecidos. Ainda há muitos deles a serem descobertos, mas os cientistas já têm mapas confiáveis das trajetórias de quase todos os NEOs com mais de um quilômetro de diâmetro. Assim, para descobrir o risco que eles oferecem, os astrônomos previram as órbitas deles nos próximos mil anos.

Para isso, eles trabalharam com simulações, que mapearam diferentes trajetórias orbitais dos objetos. Com elas, os autores conseguiram analisar os encontros mais próximos possíveis entre NEOs perigosos e a Terra, e estudaram também como a distância mínima deles em relação à Terra muda ao longo de centenas e milhares de anos.

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Eles descobriram que não há motivos para preocupação no próximo século, mas isso muda para os NEOs além deste intervalo. O maior problema é que é difícil prever as órbitas deles em um futuro muito distante por causa das dinâmicas orbitais: uma diferença mínima no calor que um asteroide recebe do Sol, ou até a influência gravitacional de Júpiter, podem ser suficientes para afetar a órbita de alguma rocha espacial, colocando-a em direção à Terra.

As simulações ajudaram a revelar 28 asteroides “suspeitos”. Um deles é o 7482, que vai passar bastante tempo próximo da Terra ao longo dos próximos mil anos; isso não significa necessariamente que ele vai atingir nosso planeta, mas mas mostra que ele representa a maior chance, ainda que baixa, de um impacto acontecer no próximo milênio.

Já o asteroide 143651 chamou a atenção dos autores por sua órbita. Ela é tão caótica que dificulta a previsão da posição dele exata em algumas décadas; portanto, com base no que se sabe atualmente da posição e velocidade dele, este objeto pode ou não representar uma ameaça.

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Os demais são asteroides candidatos com chance maior que zero de passarem a uma distância menor que aquela entre a Terra e a Lua. Nenhum deles deve deve atingir a Terra nos próximos cem ou mil anos, mas, de qualquer forma, vale a pena continuar de olho neles.

O artigo com os resultados do estudo foi publicado no repositório online arXiv, sem revisão de pares.

Fonte: arXiv; Via: Universe Today