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Poeira derretida poderia servir para a construção de estradas na Lua

Por| Editado por Patricia Gnipper | 12 de Outubro de 2023 às 17h04

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NASA
NASA

E se for possível construir estradas e áreas de pouso na Lua usando regolito derretido? Para testar esta possibilidade, cientistas experimentaram criar superfícies derretendo poeira lunar simulada — e conseguiram bons resultados.

Além de as condições no satélite natural da Terra serem desafiadoras, a Lua é coberta por poeira altamente abrasiva. Por isso, as partículas dela desgatam trajes espaciais com facilidade, além de causar interferências em instrumentos científicos.

Como a poeira já afetou missões enviadas a Lua, a NASA vem procurando formas de lidar com ela, já que tem planos para estabelecer uma base permanente em nosso satélite natural. Entretanto, o transporte de materiais para a construção de instalações tem custos altos demais, o que faz os cientistas procurarem outras soluções.

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“Você precisar usar o que tem lá [para construções], que é simplesmente poeira solta”, explicou Jens Günster, coautor do relatório que descreve a possível solução com a poeira. Assim, ele e seus colegas testaram o EAC-1A, um material de grãos finos criado pela ESA como uma imitação do solo lunar.

Com um feixe a laser de 50 mm, eles aqueceram a poeira a cerca de 1.600 ºC e a derreteram. Depois, a usaram para criar formas triangulares com cerca de 25 cm de extensão, que podem ser combinadas para criar grandes superfícies sólidas. Estas superfícies podem se transformar em estradas e plataformas de pouso, por exemplo.

A equipe estima que o método poderia ser usado para criar uma plataforma de pouso em 115 dias, que teria até 100 metros quadrados e dois centímetros de espessura. Para reproduzir o processo na Lua, os autores observam que seria necessário levar para lá uma lente de quase 2,3 metros quadrados, que serviria para concentrar a luz solar no lugar do laser.

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O artigo com o resultado do estudo foi publicado na revista Scientific Reports.

Fonte: Nature Scientific Reports; Via: ESA, The Guardian