Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Pode existir um planeta troiano ao redor desta estrela

Por| Editado por Patricia Gnipper | 19 de Julho de 2023 às 09h00

Link copiado!

ALMA (ESO/NAOJ/NRAO) /Balsalobre-Ruza et al.
ALMA (ESO/NAOJ/NRAO) /Balsalobre-Ruza et al.

Um planeta na órbita de uma estrela parece estar acompanhado. Com o telescópio Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), astrônomos descobriram uma nuvem de detritos que parece compartilhar a órbita do planeta, e que talvez indique tanto um mundo em formação quanto os restos de outro já completo.

A estrela em questão é PDS 70, localizada a aproximadamente 370 anos-luz da Terra. Ela é jovem, e os astrônomos já sabem que é orbitada pelos exoplanetas PDS 70b e c, os dois com tamanho semelhante ao de Júpiter. Agora, o ALMA revelou que a órbita do PDS 70b tem uma nuvem de detritos.

Continua após a publicidade

Pode existir um troiano ali, nome dado aos corpos rochosos que compartilham órbitas com planetas — no Sistema Solar, por exemplo, existem os famosos troianos que acompanham Júpiter em sua órbita ao redor do Sol. Os astrônomos já haviam previsto que planetas troianos, ou co-orbitais, poderiam existir ao redor de outras estrelas, mas as evidências deles são escassas.

Normalmente, os troianos ficam nas Zonas de Lagrange. Elas são regiões nas órbitas dos planetas em que a gravidade deles, somada àquela da estrela, pode segurar materiais ali. Ao estudar as zonas do PDS 70b, os astrônomos descobriram um sinal fraco vindo de uma delas, que indicava a nuvem de detritos até duas vezes mais massiva que a Lua.

Para a equipe, a nuvem sugere que o sistema tem algum mundo troiano já formado, ou ainda em processo de evolução. Se confirmada, a descoberta representa a evidência mais sólida de que dois exoplanetas podem, de fato, compartilhar uma só órbita.

Continua após a publicidade

Entretanto, os pesquisadores vão ter que esperar mais algum tempo para confirmarem a detecção. É que vai ser somente depois de 2026 que eles vão poder usar o ALMA para observar o planeta e a nuvem, verificando se ambos se movem juntos e de forma significativa ao redor da estrela.

O artigo com os resultados do estudo foi aprovado para publicação na revista Astronomy & Astrophysics.

Fonte: ESO