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Mais um asteroide troiano é descoberto na órbita da Terra. O que isso significa?

Por| Editado por Patricia Gnipper | 01 de Fevereiro de 2022 às 16h30

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urikyo33/Pixabay
urikyo33/Pixabay

Um segundo asteroide troiano acaba de ser descoberto numa região da órbita da Terra conhecida como ponto Lagrange L-4. Neste local, os asteroides podem orbitar o Sol acompanhando a trajetória do nosso planeta. Agora, os cientistas querem saber mais sobre esse “vizinho”.

O que são asteroides troianos?

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Asteroides troianos são rochas espaciais presas em regiões do espaço conhecidas como pontos Lagrange, onde a força gravitacional do Sol e da Terra é equilibrada. Os troianos orbitam ao redor do Sol aproximadamente no mesmo caminho que nosso planeta em um dos dois pontos estáveis ​​de Lagrange: L4 e L5.

Existem cinco pontos de Lagrange (e todo sistema de dois objetos em órbita os possuem), mas apenas dois são relativamente estáveis — o L4 fica à frente do planeta, enquanto o L5 fica atrás.

Asteroides são importantes para o estudo da origem de nosso Sistema Solar e podem nos revelar muito sobre a era da formação planetária. Os troianos da Terra são ainda mais interessantes, pois podem ser feitos com o mesmo material da formação da Terra. Além disso, suas órbitas podem torná-los destinos para uma missão espacial com uma sonda.

Sobre o novo asteroide troiano terrestre

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Em 2011, os astrônomos encontraram o primeiro troiano descoberto no ponto de Lagrange L4 de nosso planeta. Batizado como 2010 TK 7, a rocha tem cerca de 300 metros de diâmetro e tem uma órbita oscilante conhecida como libration.

O novo troiano, chamado 2010 TK 7, também fica no ponto L4, mas é bem maior, com 1.180 metros. O objeto já era conhecido, mas o novo estudo confirmou que se trata de um troiano terrestre.

No entanto, nenhum dos dois ficará permanentemente ao lado da Terra. Estima-se que em cerca de 15.000 anos, as interações gravitacionais expulsarão o 2010 TK 7 de sua órbita atual, enquanto o 2020 XL 5 ficará em nossa vizinhança por cerca de 4.000 anos, antes de partir para outros lugares.

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Com essa descoberta, os astrônomos poderão também ampliar o conhecimento sobre a dinâmica dessa população de objetos, analisando os mecanismos que permitem suas estabilidades transitórias. Os pesquisadores argumentam que a descoberta de um segundo troiano pode indicar haver muitos outros, esperando para serem descobertos.

Não é fácil encontrar um troiano terrestre, no entanto, porque a localização relativa dos pontos de Lagrange e do Sol são fixas no nosso céu. Isso significa que o brilho de nossa estrela está sempre vindo de uma direção semelhante à dos troianos, o que limita a chance de detectar asteroides.

Para encontrar os dois troianos conhecidos, os astrônomos aproveitaram pequenas “janelas” de tempo logo antes do nascer do Sol e depois do pôr do Sol, onde um dos pontos de Lagrange atinge o pico no horizonte enquanto o Sol está abaixo dele. Essas janelas são curtas e não permitem observações longas, mas os astrônomos podem observar ângulos próximos ao horizonte.

A pesquisa foi publicada na Nature Communications.

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Fonte: Nature Communications, ESA; via: ScienceAlert