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Pilares da Criação brilham em nova foto do James Webb

Por| Editado por Patricia Gnipper | 19 de Outubro de 2022 às 12h30

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NASA, ESA, CSA, STScI; J. DePasquale, A. Koekemoer, A. Pagan
NASA, ESA, CSA, STScI; J. DePasquale, A. Koekemoer, A. Pagan
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O telescópio espacial James Webb capturou uma belíssima imagem dos Pilares da Criação, estruturas de gás e poeira que fazem parte da Nebulosa da Águia. A nova foto foi divulgada pela NASA e Agência Espacial Europeisa (ESA) nesta quarta-feira (19) e revela as colunas semi-transparentes na luz infravermelha próxima, em detalhes de tirar o fôlego.

A nova foto foi capturada pelo instrumento Near Infrared Camera (NIRCam), capaz de observar comprimentos de onda de 0,6 a 5 mícrons. É assim que o NIRCam consegue “enxergar” a luz das primeiras estrelas e galáxias ainda em formação, além de estrelas jovens na via Láctea e até objetos do Cinturão de Kuiper.

O resultado é a imagem abaixo:

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Na foto, estão estrelas recém-formadas, registradas como esferas vermelhas e brilhantes fora de um dos pilares de poeira. Neles, quando nós massivos o suficiente são formados, eles começam a colapsar sobre si próprios e são lentamente aquecidos. No fim, eles dão origem a novas estrelas.

Já as linhas onduladas, presentes nas bordas de alguns dos pilares, são formadas por matéria expelida pelas estrelas em formação. Estas jovens estrelas atiram de tempos em tempos jatos supersônicos, que encontram nuvens de material — como aquelas que formam os pilares. Às vezes, os “disparos” podem formar as ondulações.

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O brilho avermelhado vem das moléculas de hidrogênio, que acabam energizadas como resultado dos jatos e choques — se você observar o segundo e terceiro pilar da parte superior da foto, verá áreas com este processo com ainda mais clareza. As jovens estrelas ali parecem ter apenas alguns milhares de anos.

O que são os Pilares da Criação?

Localizados a cerca de 6.500 anos-luz da Terra, os Pilares da Criação são uma pequena parte da Nebulosa da Águia. Como você percebeu, eles são regiões de formação estelar compostas por poeira e gás, que se estendem por aproximdamente 5 anos-luz e foram fotografados pelo telescópio Hubble, em 1995, na luz visível.

Em 2014, ao voltar seus "olhos" novamente para a região, o telescópio observou as estruturas na luz infravermelha, capaz de atravessar a poeira e gás dos pilares. Além do Hubble, vale lembrar que vários outros observatórios estudaram a região, cada um coletando diferentes dados com seus instrumentos para ajudar os pesquisadores a entendê-la melhor.

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A nova foto do Webb ajudará os pesquisadores a refinar os modelos de formação estelar, porque revela estrelas recém-formadas com alta precisão, acompanhadas do gás e poeira nos arredores. Assim, eles podem entender melhor como as estrelas são formadas e nascem destas nuvens ao longo de milhões de anos de evolução.

Pode até parecer que, para produzir esta nova foto, o Webb observou “através” do fundo, revelando grandes distâncias cósmicas além dos pilares. Só que o meio interestelar seguiu no meio do caminho das observações, como uma cortina: esta “camada” transparente gasosa bloqueia a visão de objetos mais distantes, tanto que não há galáxias na foto.

Você pode explorar uma versão da foto do James Webb com recursos de zoom no site da Agência Espacial Europeia.

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Fonte: NASA, ESA (1, 2)