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Pesquisadores querem criar novos métodos para encontrar "Terra 2.0"

Por| Editado por Rafael Rigues | 26 de Abril de 2022 às 15h30

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NASA/JPL-Caltech
NASA/JPL-Caltech

O projeto FIERCE é uma iniciativa que promete desenvolver novos métodos para encontrar exoplanetas “gêmeos” da Terra no universo. Liderado por Nuno Cardoso Santos, pesquisador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) um centro nacional de pesquisas em Portugal. O projeto deverá ser desenvolvido ao longo dos próximos cinco anos, e recebeu um aporte de 2,5 milhões de euros do European Research Council (ERC).

Apesar dos milhares de exoplanetas já encontrados na Via Láctea, nenhum deles é realmente semelhante ao nosso em relação às características e à distância de sua estrela, suficiente para permitir a presença de água em estado líquido na superfície. Para encontrar estes mundos, a equipe do FIERCE planeja criar métodos de análise de dados que permitam modelar e caracterizar as causas do ruído estelar e, assim, abram o caminho para a descoberta da “Terra 2.0”.

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Para tentar resolver o problema do ruído estelar, a equipe planeja estudar o Sol com um telescópio conectado ao espectrógrafo ESPRESSO, instalado no Observatório Paranal, no norte do Chile. A ideia é usar a nossa estrela como um exemplo, que permitirá identificar e compreender as “fontes do ruído que afetam os dados obtidos de outras estrelas”, explicou o IA.

Professor da Universidade do Porto, Nuno Santos acredita que o projeto deverá permitir a detecção e, consequentemente, estudos de exoplanetas parecidos com a Terra orbitando outros sóis, através de diferentes instrumentos. Entre eles o espectrógrafo ANDES, desenvolvido para o telescópio Extremely Large Telescope (ELT), do Observatório Europeu do Sul.

Segundo o autor, os novos métodos serão essenciais tanto para estudar detalhadamente os planetas rochosos já detectados quanto aqueles que ainda serão descobertos por missões futuras, como a PLATO, planejada pela Agência Espacial Europeia. Já Francisco Lobo, coordenador do IA, acredita que os dados do projeto FIERCE vão poder ser aproveitados para pesquisas futuras da instituição, incluindo estudos do Sol e da física estelar.

Fonte: Via: Agência BrasilSapoTek