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Mais de 5 mil exoplanetas são confirmados na Via Láctea

Por| Editado por Patricia Gnipper | 22 de Março de 2022 às 11h03

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NASA/JPL-Caltech
NASA/JPL-Caltech
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Mais de 5 mil exoplanetas já foram confirmados até o momento, marca que representa o resultado de uma jornada de mais de 30 anos de buscas por estes mundos na órbita de outras estrelas. A novidade foi anunciada pela NASA e, segundo a agência espacial, este total é bastante diverso: há planetas pequenos e rochosos, gigantes gasosos conhecidos como “Júpiteres quentes”, entre outros tipos.

Em um comunicado, a NASA descreveu que, além dos 5 mil, outros 65 exoplanetas foram incorporados recentemente ao NASA Exoplanet Archive. Trata-se de um arquivo que registra as descobertas destes mundos em artigos científicos e revisados por pares, confirmados através de diferentes métodos de detecção ou técnicas analíticas.

Até agora, os milhares de mundos confirmados incluem planetas pequenos e rochosos, como a Terra, mas também há gigantes gasosos várias vezes maiores que Júpiter.

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Além disso, há ainda os chamados “Júpiteres quentes”, exoplanetas com altíssimas temperaturas por orbitarem suas estrelas bem de perto. Outros tipos incluem as “superterras”, planetas provavelmente rochosos e maiores que a Terra, e os “mininetunos”, mundos gasosos menores que nosso vizinho no Sistema Solar. Entre eles, há ainda planetas que orbitam duas estrelas de uma só vez e até alguns viajando ao redor dos remanescentes de estrelas mortas.

Hoje, já se sabe que a Via Láctea é, provavelmente, o lar de algumas centenas de bilhões de exoplanetas, mas as descobertas destes mundos começaram em 1992. Na época, astrônomos identificaram três exoplanetas ao redor de um pulsar, uma estrela de nêutrons que libera pulsos de radiação em alguns milissegundos. Assim, através de medidas de pequenas mudanças no tempo dos pulsos, cientistas descobriram que havia planetas ao redor do objeto.

Como ocorrem as descobertas de exoplanetas

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Em 1995, astrônomos descobriram o primeiro exoplaneta ao redor de uma estrela parecida com o Sol: o mundo em questão era um Júpiter quente, um gigante gasoso com cerca de metade da massa do nosso vizinho do Sistema Solar, que orbitava sua estrela em apenas quatro dias.

Com o tempo, eles aprenderam a identificar exoplanetas do tipo através de pequenas mudanças no movimento da estrela, causadas pelas interações gravitacionais dos planetas em sua órbita, e logo se depararam com centenas de mundos do tipo descobertos.

Já os exoplanetas pequenos e rochosos exigiram outro método. O astrônomo William Borucki propôs instalar detectores de altíssima sensibilidade em um telescópio e lançá-lo ao espaço, para passar anos observando milhares de estrelas; a ideia era buscar pequenas reduções no brilho delas, causadas por um planeta passando à frente. Este método ficou conhecido como “trânsito”, e foi colocado em prática com o telescópio espacial Kepler, aposentado em 2018.

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Wolszczan segue trabalhando na busca por exoplanetas e acredita que estamos dando início a uma nova era de descobertas. É que, com os lançamentos de telescópios de última geração com instrumentos de alta sensibilidade, será possível capturar a luz das atmosferas dos exoplanetas e, assim, identificar os gases presentes por lá — e, quem sabe, identificar sinais que indiquem condições habitáveis.

Para ele, a descoberta de vida em outros mundos deverá acontecer em algum momento. “Penso que é inevitável que vamos descobrir algum tipo de vida em algum lugar — provavelmente, de algum tipo primitivo”, sugeriu Wolszczan. Ele acredita que a conexão próxima entre a química da vida na Terra e aquela encontrada no universo, além da detecção de moléculas orgânicas em diferentes lugares, sugerem que é questão de tempo até descobrirmos outros seres vivos.

Fonte: NASA