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Parte do metal poluindo a atmosfera da Terra vem do lixo espacial

Por| Editado por Patricia Gnipper | 18 de Outubro de 2023 às 15h25

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NASA
NASA

Parece que até o lixo espacial está contribuindo para a poluição atmosférica. É o que mostrou um novo estudo de pesquisadores liderados pelo físico Daniel Murphy, da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), em que analisaram os rastros de metal deixados por pedaços de foguete e satélites que atravessam a atmosfera. Ainda não se sabe ao certo os impactos que estes vestígios podem causar.

Para o estudo, os autores coletaram amostras de partículas aerossolizadas na estratosfera, a camada que se estende de 6 km a 20 km acima da superfície terrestre, e as analisaram em busca dos metais usados em espaçonaves. Eles descobriram cerca de 20 metais, sendo que alguns deles ocorreram em proporções consistentes com aquelas de meteoros vaporizados na atmosfera.

Entretanto, elementos metálicos como lítio e alumínio estavam em quantidades acima daquelas esperadas da queima de meteoros. Os autores descobriram que este excesso era consistente com as proporções esperadas da produção de espaçonaves e, de forma geral, cerca de 10% dos aerossóis estratosféricos tinham partículas destes veículos.

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A equipe alertou que a quantidade de material deixada pela reentrada do estágio superior de foguetes e satélites deve ter um aumento significativo nas próximas décadas. Não se sabe exatamente os efeitos que estes metais devem causar, mas é possível que afetem o congelamento da água na estratosfera e influenciem o tamanho das partículas aerossolizadas por lá.

“A 10%, a fração atual de aerossóis estratosféricos com núcleos de metais não é grande”, observou o coautor Martin Ross. “Mas mais de cinco mil satélites foram lançados nos últimos cinco anos. A maioria deles vai voltar nos próximos cinco, e precisamos saber como isso pode afetar os aerossóis estratosféricos”, finalizou.

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

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Fonte: Proceedings of the National Academy of Sciences; Via: University of Leeds