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Parece que a ISS precisou mudar sua órbita de novo para desviar de lixo espacial

Por| Editado por Patricia Gnipper | 03 de Dezembro de 2021 às 12h43

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A Estação Espacial Internacional (ISS) parece ter feito uma manobra emergencial para evitar uma possível aproximação com lixo espacial, formado por fragmentos de um antigo foguete Pegasus, dos Estados Unidos, durante a manhã desta sexta-feira (3). As informações são de Dmitry Rogozin, diretor da agência espacial russa Roscosmos, e ainda não foram confirmadas pela NASA.

Rogozin divulgou a manobra no início da manhã desta sexta, dizendo que a órbita da estação seria ajustada através do acionamento dos propulsores da nave Progress MS-18 durante aproximadamente 161 segundos. Segundo a Roscosmos, o fragmento do foguete passaria pela estação a 5,4 km de distância. Em uma publicação da agência espacial russa, os oficiais descrevem que a órbita da estação seria reduzida em 310 metros após o acionamento dos motores.

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Entretanto, a NASA não confirmou a realização da manobra até a publicação desta notícia. Informações publicadas pela agência espacial norte-americana na quinta-feira (2) destacam somente que os controladores de voo estavam avaliando a necessidade de executar o procedimento junto de parceiros internacionais, e que os astronautas da Expedição 66, a bordo do laboratório orbital, não estavam em risco.

Esta não é a primeira vez que a ISS precisa fazer uma manobra emergencial para alterar sua órbita, na tentativa de desviar de lixo espacial. Em setembro do ano passado, por exemplo, a estação precisou tomar esta medida para desviar de partes do foguete japonês H-2A, lançado em 2018 e que se rompeu em mais de 70 pedaços em 2019. 

Os riscos do lixo espacial

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O nome "lixo espacial" é dado a partes de veículos de lançamento descartadas ou até componentes de naves e satélites que já não operam mais. Também faz parte do conceito de lixo espacial os detritos resultantes de colisões em órbita.

O objeto responsável pela mais recente aproximação perigosa da ISS foi catalogado como “39915”. Trata-se de um pedaço de lixo espacial gerado durante a fragmentação do foguete Pegasus R/B, lançado em 19 de maio de 1994. Em julho de 1996, o estágio superior do veículo se fragmentou.

Há grande preocupação com estes objetos em função dos danos que podem causar a naves tripuladas, satélites e estações órbita, por se moverem a altíssimas velocidades. Além disso, o assunto recebeu ainda mais atenção no último mês após a Rússia destruir um antigo satélite soviético, que resultou na liberação de milhares de pequenos detritos em órbita. De acordo com autoridades norte-americanas, essa nova nuvem de detritos deverá trazer riscos às atividades espaciais durante alguns anos.

Fonte: NASA, TASS, Roscosmos; Via: Reuters, The Guardian, CNN