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Olympus Mons: novas fotos revelam passado do grande vulcão em Marte

Por| Editado por Patricia Gnipper | 23 de Agosto de 2023 às 11h17

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ESA/DLR/FU Berlin
ESA/DLR/FU Berlin

A sonda Mars Express, da Agência Espacial Europeia, usou sua câmera High Resolution Stereo Camera (HRSC) para tirar novas fotos do vulcão marciano Olympus Mons. Ele é considerado o maior vulcão do Sistema Solar, e sua estrutura guarda pistas importantes para os cientistas entenderem melhor seu passado.

O vulcão foi estudado pela missão Mariner 9, da NASA, que revelou uma espécie de auréola se estendendo por centenas de quilômetros na base dele. Agora, as novas imagens da Mars Express trouxeram novos detalhes de Lycus Sulci, o nome dado à formação presente nos limites de tal auréola.

A auréola mostrou aos cientistas como os flancos inferiores de Olympus Mons colapsaram há cerca de 100 milhões de anos. Grandes fluxos de lava desceram pelas encostas do vulcão, causando deslizamentos de rochas dos flancos até a parte inferior, formada por gelo e água.

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A lava quente fez com que o gelo derretesse, perdendo sua estabilidade; como resultado, a borda rochosa de Olympus Mons se rompeu e deslizou parcialmente. O colapso ocorreu na forma de grandes rochas e deslizamentos de terra, que se espalharam parcialmente nas planícies próximas.

Tais deslizamentos levaram porções de terra para longe do vulcão, que acabaram espalhadas pela superfície marciana. Com o tempo, elas foram comprimidas e separadas, formando o relevo observado hoje nas novas fotos de Lycus Sulci.

Este processo nos lembra que os vulcões em Marte têm várias similaridades com aqueles na Terra. Por exemplo: deslizamentos de terra parecidos — em tipo, e, talvez, em escala — já foram observados nas ilhas vulcânicas do Havaí e nas Ilhas Canárias.

As novas fotos do vulcão se juntam às demais feitas pela Mars Express ao longo de seus 20 anos de estudos de Marte. Através das imagens que capturou da superfície do planeta, seus minerais e processos atmosféricos, ela vem ajudando os cientistas a entender este mundo vizinho de forma ainda mais completa.

Fonte: ESA