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Olympus Mons: grande vulcão pode ter sido ilha em oceano marciano

Por| Editado por Patricia Gnipper | 27 de Julho de 2023 às 13h11

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ESA, DLR, FU Berlin, Mars Express/Andrea Luck
ESA, DLR, FU Berlin, Mars Express/Andrea Luck

Um novo estudo liderado por um cientista da Universidade Paris-Saclay, na França, sugere que o vulcão Olympus Mons, em Marte, tem várias semelhanças morfológicas com ilhas vulcânicas ativas na Terra. Para os autores, o vulcão pode ter sido formado por lava que entrou em contato com a água líquida, o que traz novas evidências sobre a ocorrência da água no passado do Planeta Vermelho.

Localizado na região de Tharsis Montes, Olympus Mons mede 21,9 km de altura, sendo duas vezes e meia maior que o Monte Everest, e se estende por uma área de tamanho equivalente à Polônia. Além de ser o maior vulcão do Sistema Solar, Olympus Mons é também a montanha planetária mais alta conhecida em nossa vizinhança.

Para o estudo, Anthony Hildenbrand e os demais autores analisaram vulcões na Terra similares a Olympus Mons. Eles estudaram as ilhas vulcânicas ativas Pico, Fogo, em Portugal e no Canadá, respectivamente, além da ilha do Havaí, e descobriram um padrão interessante: os litorais destas ilhas têm relevo bem definido, assim como acontece na base de Olympus Mons.

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Na Terra, estas formações geológicas são causadas pela viscosidade da lava ao entrar em contato com algo mais frio, conforme flui pela transição entre o ar e a água. Por isso, os autores propõem que Olympus Mons já foi uma ilha vulcânica que esteve cercada por água no estado líquido.

A base de Olympus Mons não se liga ao solo como uma encosta, mas sim como um penhasco que se diferencia bastante da paisagem abaixo dele. A equipe sugere que a altura deste relevo seria resultado do nível do mar de um oceano antigo que pode ter existido há até 3 bilhões de anos ali, idade correspondente à da lava.

A equipe encontrou características semelhantes em Alba Mons, montanha vulcânica encontrada a mais de mil quilômetros de Olympus Mons. Portanto, a água deste oceano extinto pode ter preenchido grandes partes da superfície marciana. As descobertas podem ajudar os cientistas a entender melhor por quanto tempo Marte teve água em estado líquido, revelando também a duração da atividade geológica no planeta.

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O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Earth and Planetary Science Letters.

Fonte: Earth and Planetary Science Letters; Via: Science Alert