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Objeto que inclinou Urano era até 3 vezes mais massivo que a Terra, diz estudo

Por| 09 de Abril de 2020 às 19h00

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Lazca
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Já faz algum tempo que pesquisadores tentam descobrir o que causou a inclinação de Urano. O planeta tem rotação inclinada em cerca de 98 graus em comparação com seu plano orbital, algo que pode ter sido causado pelo impacto com algum outro objeto muito tempo atrás. Usando uma nova técnica, uma equipe parece ter encontrado novas pistas para esclarecer o mistério.

Assim como Saturno, Urano também possui de anéis e algumas luas ao seu redor - até agora foram encontradas 27 -, e todos esses elementos também estão na mesma inclinação estranha do planeta. Os astrônomos cogitam que essa configuração única é sinal de que uma colisão violenta aconteceu logo após a formação de Urano, o que também teria acelerado a sua velocidade de rotação do planeta.

Nesta nova pesquisa, uma nova abordagem de modelagem foi criada para investigar a formação de luas ao redor de planetas gelados. Isso é importante porque os impactos gigantes na parte externa do Sistema Solar (que começa a partir de Júpiter), onde é frio e escuro, tem diferentes consequências das colisões que ocorrem mais perto do Sol - como o impacto entre a Terra e um planeta chamado Theia, que originou a nossa Lua.

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No caso de Urano, o material liberado durante a possível colisão era muito mais volátil, e permaneceu gasoso por mais tempo em comparação com o material liberado no impacto entre a Terra e Theia, por exemplo. Ainda em fase de formação, Urano devorou ​​a maior parte desse gás, deixando menos material para formar suas luas, de acordo com o novo estudo.

Com essas informações, o modelo criado pelo grupo de pesquisa sugere que o objeto que atingiu Urano era gelado e grande, com uma massa que poderia chegar até a três vezes a massa da Terra. "Este modelo é o primeiro a explicar a configuração do sistema lunar de Urano, e pode ajudar a explicar as configurações de outros planetas gelados em nosso Sistema Solar, como Netuno", disse o autor principal do estudo, Shigeru Ida.

Caso esteja correta, a pesquisa poderá ajudar a compreender não apenas a origem do Sistema Solar, como também a de muitos outros mundos que orbitam estrelas distantes do Sol.

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Fonte: Space.com