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O céu não é o limite! | Sol, missões lunares, buracos negros e+

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 31 de Março de 2024 às 09h00

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NASA/EHT/Intuitive Machines
NASA/EHT/Intuitive Machines

Entre as principais notícias astronômicas da última semana, estão o desempenho das missões que pousaram recentemente na Lua. Enquanto a Odysseus não resistiu à noite lunar, a SLIM "acordou" e surpreendeu a equipe japonesa.

Confira essas e outras notícias que ganharam os holofotes nos últimos dias.

A atividade solar e o eclipse total

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Nesta semana, a Terra recebeu o impacto de uma tempestade geomagnética de classe G4, a mais forte desde setembro de 2017. O evento ocorreu após uma ejeção de massa coronal, que enviou uma nuvem de partículas carregadas que interagiram com o campo magnético da Terra. 

Atividades como essa indicam a aproximação do período conhecido como máximo solar, que ocorre uma vez a cada 11 anos. Com o eclipse solar do dia 8 de abril, os astrônomos e entusiastas esperam ver explosões solares durante a ocultação total, já que nesse instante será possível observar a coroa solar a olho nu.

As missões lunares 

Semanas após um pouso agridoce na Lua, o módulo de pouso Odysseus, da iniciativa privada Intuitive Machines, foi desativado por não sobreviver às condições impostas na superfície lunar. A espaçonave pousou em um ângulo diferente do esperado, enviou fotos para a Terra, mas não sobreviveu à noite lunar congelante.

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Por outro lado, o lander japonês SLIM teve mais sorte: a agência espacial JAXA anunciou que a nave "acordou" outra vez após a noite lunar, e já transmitiu novas fotos para a Terra. O desempenho do módulo surpreendeu os cientistas da missão, já que ele pousou na Lua em janeiro e não foi projetado para sobreviver por tanto tempo.

As descobertas sobre buracos negros

A colaboração Event Horizon Telescope (EHT) revelou uma nova imagem do buraco negro supermassivo Sagitário A* (Sgr A*), que habita do coração da Via Láctea. A foto traz a luz polarizada do disco luminoso ao redor do objeto, mostrando campos magnéticos fortes semelhantes aos do buraco negro na galáxia M87.

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Os cientistas acreditam que essa "coincidência" seja, na verdade, um indício de que os campos magnéticos fortes estão presentes em todos os buracos negros supermassivos. 

Para compreender melhor o ambiente caótico próximo dos buracos negros, os pesquisadores criaram um análogo em laboratório, usando um superfluido a temperaturas próximas do zero absoluto.

Feito de hélio, o fluido vibrou com ondas quânticas que imitaram o arrasto gravitacional causado pelos buracos negros, permitindo estudar esse efeito misterioso. Esse arrasto é uma das previsões da Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein e descreve como objetos massivos que giram deformam o espaço-tempo, formando uma espiral invisível.