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O céu não é o limite | Magnetosfera rachada, galáxias inéditas, Ingenuity e mais

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  |  • 

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SDO/AIA/NASA/ESA/CSA/STScI/PEARLS
SDO/AIA/NASA/ESA/CSA/STScI/PEARLS

Em clima de Natal, o resumo das notícias astronômicas da semana traz as atualizações sobre as tempestades geomagnéticas da mancha solar AR3165, que acontecem desde a semana anterior. Não se preocupe, nenhum dos eventos recentes prejudicará suas festas de fim de ano.

Também foram destaques as descobertas de um exoplaneta caindo em sua própria estrela, galáxias nunca vistas antes e o "pobre velho coração" da Via Láctea. Confira!

Rachaduras no campo magnético da Terra

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Enquanto viajavam pelo espaço, as rajadas de vento solar emitidas pelas manchas na superfície de nossa estrela criaram uma onda de choque, que abriu uma "rachadura" no campo magnético da Terra. Isso permitiu que material solar penetrasse em nossa atmosfera, causando algumas interferências nas redes de comunicação e satélites.

Felizmente, a tempestade geomagnética foi de classe G-1, a mais fraca da escala. Para a próxima semana, as previsões são de explosões solares de classe C, que não representam nenhum ao nosso planeta.

Galáxias nunca vistas antes surpreendem astrônomos

Algumas galáxias nesta imagem acima, feita pelo telescópio James Webb, são 1 bilhão de vezes mais fracas do que aquelas que podemos ver a olho nu. Vemos boa parte desses objetos do jeitinho que eram há 13,5 bilhões de anos, pouco após o Big Bang. Estamos olhando para o universo primitivo.

O mais impressionante é que a resolução sem precedentes do James Webb revelou não apenas as galáxias, mas também detalhes como riachos, caudas, conchas e halos de estrelas aos arredores. Observar essas estruturas em um universo tão jovem será inestimável para a pesquisa sobre a evolução do nosso cosmos.

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Um planeta gigante em queda na estrela

Deve haver muitos planetas em órbita espiralada rumo à queda em sua própria estrela, mas esta é a primeira vez que os astrônomos observaram esse fenômeno. O exoplaneta Kepler-1658b, um gigante gasoso maior que Júpiter e muito próximo de sua estrela, está em uma órbita cada vez mais perto de ser engolido pelo astro luminoso.

A estrela Kepler-1658 é uma estrela evoluída, se preparando para tornar-se uma gigante vermelha. O Sol também terá o mesmo destino e, daqui a bilhões de anos, engolirá Mercúrio, Vênus e Terra.

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"Pobre velho coração" da Via Láctea

Com o terceiro levantamento de dados do telescópio espacial Gaia, cientistas conseguiram detectar as estrelas mais velhas do núcleo da Via Láctea. Ao verificar a pobreza de metalicidade nessas estrelas, eles puderam determinar que elas têm mais de 12,5 bilhões de anos.

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Além disso, os astrônomos conseguiram confirmar que essas estrelas mais antigas nasceram durante a própria formação da galáxia, ou seja, não foram trazidas posteriormente pelas fusões com galáxias anãs. Em outras palavras, a Via Láctea cresceu ao redor desse "pobre velho coração".

Helicóptero Ingenuity testa novo software

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O helicóptero Ingenuity voou pela 37ª vez para testar seu novo software, que lhe proporcionou recursos para segurança de pouso. Agora, novos mapas de elevação do terreno marciano ajudarão a navezinha a encontrar por conta própria o melhor lugar para pousar.

Com este voo, o Ingenuity já viajou um total de 7.479 metros e permaneceu no ar por quase 62 minutos.

Descanse em paz, InSight

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Após agonizar durante os últimos meses, a sonda InSight finalmente ficou sem energia nas baterias para manter a comunicação com a Terra. A NASA havia decidido que daria a missão por encerrada quando o módulo de pouso não respondesse por duas vezes consecutivas e foi isso o que aconteceu.

Embora suas investigações tenham durado apenas quatro anos, a InSight foi uma sonda inovadora e revelou detalhes da atividade sísmica do Planeta Vermelho. Seus dados foram usados para descobrir um núcleo derretido e para medir a crosta e o manto marcianos.