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Novo telescópio de Arecibo pode ter 100 antenas e manutenção fácil

Por| Editado por Patricia Gnipper | 26 de Maio de 2023 às 09h25

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NAIC/Arecibo Observatory/NSF
NAIC/Arecibo Observatory/NSF

Astrônomos estão propondo novos telescópios para ficar no lugar do Arecibo, e uma dessas propostas inclui mais de 100 antenas de rádio organizadas de modo que todas juntas atuem como um só. Além de mais sensível, ele seria mais leve e de manutenção mais fácil.

O imenso telescópio Arecibo fez um trabalho incrível graças ao seu design de um único prato de 300 metros, mas infelizmente foi destruído em 2020. Os cabos de sustentação da cúpula cederam, fazendo a estrutura suspensa despencar sobre o prato do telescópio.

Com a perda irreparável, os pesquisadores rapidamente publicaram artigos propondo construir um novo telescópio no lugar, mas a Fundação de Ciência Nacional (NSF), proprietária das instalações, disse que a ideia era construir um centro de educação focado em ciência, tecnologia, engenharia e matemática.

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Ainda assim, a NSF se colocou à disposição para receber as propostas de contrução de um novo telescópio, desde que comportasse a construção do centro de educação. Algumas ideias foram enviadas e, agora, um novo artigo propõe a construção de uma matriz mais ou menos parecida com radiotelescópios como o Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA).

Essa ideia tenta aliar as vantagens do antigo Arecibo com um design mais flexível, leve e de fácil manutenção. Para isso, os autores do artigo sugerem instalar 102 antenas de 13 metros que, juntas, vão receber sinais do espaço e vão interpretá-los como um único prato refletor.

O ALMA possui 54 antenas de 12 metros e uma dúzia de antenas de 7 metros, mas isso não significa que o Arecibo seria uma versão "melhorada" desse telescópio. Na verdade, a proposta é instalar os pratos em uma matriz circular fixa de 130 metros de diâmetro, enquanto o ALMA utiliza pratos móveis.

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Se for construída dessa forma, a nova matriz teria menos da metade do diâmetro do telescópio Arecibo original, mas com 102 receptores seria muito mais sensível. Todos eles seriam usados com uma configuração que integra os dados como se as antenas estivessem todas no mesmo ponto.

Por fim, o telescópio seria muito mais leve e fácil de manter do que o projeto original. Isso é importante, considerando as dificuldades de fazer a manutenção dos cabos do antigo telescópio. A região de Porto Rico, onde fica a cidade de Arecibo, é alvo constante de terremotos, tempestades e furacões, e a tarefa de fazer a manutenção do prato de 300 metros nunca foi fácil, mas as coisas podem ser mais simples para o próximo telescópio.

O artigo com a nova proposta está diponível no arXiv.org.

Fonte: arXiv.org; via: Universe Today