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Nova imagem do James Webb revela detalhes nunca vistos de uma galáxia

Por  • Editado por  Rafael Rigues  | 

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Gabriel Brammer/Janice Lee et al/PHANGS-JWST
Gabriel Brammer/Janice Lee et al/PHANGS-JWST

Desde o anúncio das primeiras imagens do James Webb, há uma semana, o telescópio trabalha continuamente para revelar o universo infravermelho. Em um novo estudo, pesquisadores fotografaram a galáxia NGC 628 em diferentes comprimentos de onda que mostram a estrutura da poeira distribuída por lá.

A galáxia espiral NGC 628 já foi registrada antes pelo telescópio Hubble, principalmente em luz visível. Por isso, as imagens que já vimos desse objeto são coloridas, mais ou menos como veríamos se pudéssemos observá-la mais de perto, a olho nu.

Entretanto, o James Webb observa o universo em uma faixa grande do infravermelho (bem maior que a faixa da luz visível). Por isso, o que ele vê é algo bem diferente. Enquanto o Hubble mostra as estrelas vermelhas, amarelas e azuis, além de gases e faixas de poeira distribuídas ao longo dos braços espirais, o Webb revela apenas a estrutura da matéria que normalmente bloqueia o brilho estelar.

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Para compor a imagem, um pesquisador acessou os dados públicos do James Webb e baixou fotos em preto e branco, cada uma de diferentes comprimentos de onda. Ao associar cada uma delas a uma cor diferente (da paleta RGB, ou seja, vermelho, verde e azul), obtém-se a imagem colorida. Nesse caso, a imagem teve uma tonalidade roxa porque a imagem associada ao verde é bastante tênue.

Ainda é cedo para sabermos exatamente o que essa imagem revela sobre as galáxias, já que os estudos a respeito ainda não foram publicados (os dados foram coletados pelo Webb no domingo, dia 17). No entanto, alguns cientistas já notaram que o centro vazio na galáxia é diferente do que as imagens de luz visível mostram e pode indicar alguma física ainda desconhecida sobre os núcleos galácticos.

Fonte: Gabriel Brammer/Twitter; via: New Scientist