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Nave japonesa pode estudar outro objeto após coletar amostras do asteroide Ryugu

Por| 10 de Agosto de 2020 às 13h38

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A missão da Hayabusa 2 foi tão bem sucedida até o momento que a nave ainda deve ser aproveitada para uma próxima tarefa espaço afora. É que, quando soltar a cápsula de amostras do asteroide Ryugu na atmosfera terrestre em dezembro deste ano, a sonda ainda estará com metade de seu combustível. Então, por que não dar a ela uma nova missão?

É isso o que a equipe japonesa da JAXA (Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial) está planejando. Na verdade, há chances de que ela consiga realizar mais duas missões. Mas quais deveriam ser os próximos alvos da Hayabusa 2? Existem algumas possibilidades, e os pesquisadores devem escolher cuidadosamente os mais interessantes. Entre os possíveis alvos, estão os asteroides 2001 AV43 e 1998 KY 26.

Cada um deles tem o tamanho de uma casa grande e ambos orbitam o Sol em aproximadamente 500 dias. As viagens seriam bem longas - a Hayabusa 2 só chegaria nesses alvos entre os anos de 2029 e 2031. Para alcançar o Ryugu, a nave levou metade desse tempo - foi lançada em 2014 e chegou lá em 2019.

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Esses objetos foram selecionados de um grupo de 354 candidatos. Os critérios para a escolha são os interesses científicos em relação a cada um e a acessibilidade. Mas esses dois asteroides apresentam outros desafios, além da distância, como a velocidade de rotação - cada um gira em seus próprios eixos uma vez a cada 10 minutos, sendo estes os "dias" mais curtos de qualquer objeto conhecido no Sistema Solar.

Isso significa que, provavelmente, os asteroides sejam objetos sólidos, e não "pilhas de entulho", como é o caso do próprio Ryugu. Se a Hayabusa 2 visitar um desses asteroides, seria a primeira vez que uma missão espacial viu de perto um objeto de rotação tão rápida. Também chama a atenção o fato de que o asteroide 1998 KY26 é um possível carbonáceo (tipo C), e a visita da Hayabusa 2 seria inédita em uma rocha desse tipo também.

Agora, os engenheiros e cientistas da JAXA devem escolher um dos dois objetos, e existem outros fatores que podem influenciar a decisão. Um deles é a trajetória. Por exemplo, o AV43 2001 exigirá um sobrevoo por Vênus, e isso poderia ser útil, já que a Hayabusa 2 poderia ser usada para complementar a missão Akatsuki, também da JAXA, que está em órbita ao redor do planeta. Se vale a pena arriscar realizar uma missão secundária no meio da rota rumo ao asteroide, ainda será decidido pela equipe.

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Fonte: Sky & Telescope