Sonda japonesa trará amostras do asteroide Ryugu à Terra em dezembro deste ano
Por Daniele Cavalcante | 15 de Julho de 2020 às 19h30
As amostras do asteroide Ryugu coletadas pela sonda japonesa Hayabusa2 já têm data programada para chegar à Terra. De acordo com um anúncio das agências espaciais do Japão e da Austrália nesta semana, a nave chegará ao nosso planeta no dia 6 de dezembro e pousará no interior da Austrália Meridional.
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Já foi realizada a solicitação de pouso por parte da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA) à Agência Espacial Australiana. O pedido deve ser aprovado sob a Lei de Atividades Espaciais da Austrália, que entrou em vigor em 1998, de acordo com as autoridades de ambos os países no comunicado oficial.
O lançamento da Hayabusa2 aconteceu em dezembro de 2014 e a nave chegou ao Ryugu em junho de 2018. Desde então, ela implantou várias pequenas sondas na superfície do asteroide, com o objetivo de fazer análises, como, por exemplo, medir a rocha espacial com maior precisão. E, claro, obteve as amostras que trará à Terra.
Para pegar o material rochoso, a sonda criou uma cratera artificial no Ryugu usando explosivos e lançou três pequenos robôs até a superfície do asteroide. Eles então exploraram o local e coletaram as amostras que se soltaram da superfície com a explosão.
Já a nave-mãe da missão fez o seu próprio passeio pela superfície de Ryugu duas vezes em 2019. Uma dessas ocasiões foi em fevereiro, quando ela pegou material da superfície. Em abril, a Hayabusa2 atirou uma “bala” no asteroide, e foi buscar mais amostras que se soltaram da camada mais interna.
Em novembro de 2019, a Hayabusa2 deixou Ryugu e começou sua jornada de volta à Terra. Felizmente, sua viagem de retorno será mais rápida do que a de ida, e levará apenas um pouco mais de um ano para voltar ao nosso lar. As amostras do Ryugu podem trazer novas pistas sobre a formação e evolução de asteroides no Sistema Solar, e sobre o papel que as rochas espaciais ricas em carbono podem ter desempenhado no surgimento da vida na Terra.
Fonte: Space.com