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Nave da NASA flagra cometa Nishimura após sua aproximação com o Sol

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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NASA/Stereo Science Center
NASA/Stereo Science Center

Enquanto um observatório da NASA estudava a coroa do Sol, a nave acabou capturando também imagens do cometa C/2023 P1, que apareceu de surpresa. Os registros foram feitos nesta terça-feira (19), e indicam que o cometa sobreviveu ao seu encontro com o Sol.

O cometa Nishimura chegou ao periélio (o ponto mais próximo do Sol em sua órbita) no dia 17, ficando a 33 milhões de quilômetros do nosso astro. Nas fotos, o cometa parece se afastar do Sol, o que sugere que ele sobreviveu à passagem que poderia muito bem ter desintegrado sua estrutura.

Além disso, as imagens do STEREO mostram que o Nishimura está se movendo para baixo em relação à nave, ou seja, está se afastando do Sol. Ele deve seguir nesta trajetória até outubro, saindo do campo de visão da nave.

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“No momento da escrita, a imagem mais recente mostra que ele [o cometa] parece estar bastante saudável”, observou Karl Battam, astrofísico do Laboratório de Pesquisa Naval dos Estados Unidos.

Ele ressaltou que as fotos são preliminares, e mesmo assim parecem mostrar o que se espera de um cometa com estrutura intacta. Mas alertou: “primeiro, é crucial ter em mente que as imagens que você vê agora são o que chamamos de ‘imagens faróis’”, alertou.

O termo descreve imagens em resolução extremamente baixa, criadas para oferecer um registro em tempo quase real daquilo que a câmera estava observando. Segundo ele, a equipe deve conseguir observar o cometa em resolução bem melhor nesta quinta-feira (21).

Entretanto, mesmo que as novas imagens sejam mais nítidas, elas podem não revelar totalmente o destino do cometa. “Os dados em alta resolução podem nos dar algumas pistas, mas nem mesmo eles nos dão os detalhes finos do que está acontecendo por trás do brilho da cauda e do coma [do cometa]”, observou.

Em outubro, quando não estiver mais visível aos instrumentos do STEREO, o cometa Nishimura vai estar seguindo rumo aos limites do Sistema Solar. Como ele tem período orbital de mais de 400 anos, a próxima passagem dele pela Terra vai acontecer somente em 2458.