Publicidade

NASA quer testar foguete termonuclear até 2027

Por| Editado por Patricia Gnipper | 25 de Janeiro de 2023 às 17h40

Link copiado!

DARPA
DARPA
Tudo sobre NASA

Nesta terça-feira (24), a NASA e a Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (DARPA) anunciaram uma parceria para o desenvolvimento de um novo tipo de motor termonuclear para foguetes. A ideia é que o novo sistema seja criado e demonstrado em uma missão no espaço até 2027, atendendo as necessidades de segurança nacional e exploração espacial.

A novidade foi anunciada por Bill Nelson, administrador da NASA, durante uma sessão do Fórum AIAA SciTech. Segundo ele, as agências vão trabalhar através do programa Demonstration Rocket for Agile Cislunar Operations (DRACO), da DARPA, para demonstrar a propulsão termonuclear, tecnologia que oferece propulsão mais eficiente que os compostos químicos normalmente adotados.

Continua após a publicidade

A colaboração vem de um acordo firmado entre a DARPA e a NASA no início do mês. No projeto, a agência espacial será responsável pelo desenvolvimento do motor nuclear, enquanto a DARPA tomará conta do reator nuclear, do estágio e motor, integração do sistema a algum veículo espacial e do lançamento propriamente dito.

Segundo Stefanie Tompkins, diretora da NASA, os membros de ambas as agências vão se adaptar conforme necessário. Por enquanto, não há informações sobre os detalhes da missão, mas Pam Melroy, vice-administradora da NASA, adiantou que o veículo deve operar a alguma altitude entre 700 km e 2 mil, para garantir que qualquer material radioativo tenha decaído para níveis aceitáveis antes da reentrada na atmosfera.

Como funcionam motores termonucleares?

Estes sistemas contêm um reator que, através da fusão nuclear, gera temperaturas extremamente altas. Depois, o motor transfere o calor do reator para um propelente líquido, expandido e expelido por meio de uma estrutura e, assim, impulsiona o veículo especial.

Continua após a publicidade

Assim, os motores termonucleares têm a vantagem de ser pelo menos três vezes mais eficientes que a propulsão química comum, reduzindo o tempo de viagem das missões espaciais e liberando mais espaço para cargas úteis.

Como a redução do tempo de viagem é essencial para levar humanos a Marte, o amadurecimento de tecnologias do tipo podem ajudar a agência espacial a cumprir o objetivo de levar astronautas ao Planeta Vermelho.

“Com a ajuda desta nova tecnologia, os astronautas podem ir e voltar do espaço profundo mais rápido do que nunca, uma capacidade essencial para nos prepararmos para missões tripuladas para Marte”, acrescentou Nelson.

Continua após a publicidade

Fonte: NASA