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NASA decide de quais empresas comprará amostras de regolito lunar

Por| 04 de Dezembro de 2020 às 14h00

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NASA/Kevin M. Gill
NASA/Kevin M. Gill
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Em setembro, a NASAcomunicou que aceitaria propostas para que empresas coletem amostras da Lua e vendam o material para a agência espacial. Agora, em uma nova publicação, a NASA revela que selecionou e fechou acordos com as seguintes empresas: Masten Space System (dos EUA), ispace (tanto a europeia quanto a japonesa) e Lunar Outpost (dos EUA). O contrato prevê um valor total de U$ 25.001 — a soma contempla a extração, venda e uso destes recursos originados do nosso satélite natural.

A Lunar Outpost propôs a U$ 1 pela coleta seguida da chegada de um lander no polo sul lunar em 2023. Já a ispace do Japão deverá realizar a coleta em 2022 por U$ 5.000, enquanto a da Europa o fará pelo mesmo valor, mas em 2023. Por fim, a Masten Space Systems irá realizar o procedimento por U$ 15.000 também em 2023— os valores são consideravelmente baixos porque a NASA está pagando apenas o material coletado, de modo que os custos de desenvolvimento das empresas não entram no cálculo. Ainda não foi decidido como as amostras serão coletadas e nem como o material será trazido para a Terra.

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Segundo o comunicado publicado anteriormente, cada uma das amostras do solo lunar irá pesar de 50 g a 500 g, e as quatro empresas terão que fornecer imagens e dados do material para avaliação. Apenas se o material for satisfatório, elas vão receber o valor. Além disso, a posse do material da Lua será transferida para a agência espacial ainda em solo lunar, e a ideia é recolher as amostras antes de 2024. “Depois da transferência, o material coletado se torna propriedade da NASA para uso sob o programa Artemis”, disseram os oficiais.

De acordo com Mike Gold, administrador associado de relações internacionais da NASA, este é um passo importante para a expansão das parcerias da agência: “estamos felizes por nos juntarmos aos nossos parceiros comerciais e internacionais para tornar o Artemis a maior e mais diversa coalizão de exploração espacial humana na história”. Ele ressalta, ainda, a importância da extração destes recursos e a compra deles para uma nova dinâmica de exploração na Lua e, eventualmente, de Marte.

Isso porque o programa Artemis é o plano ambicioso da agência para a exploração lunar tripulada, com o objetivo de pousar a primeira mulher e o próximo homem na Lua em 2024, além de estabelecer a presença humana sustentável e de longo prazo por lá até o final da década. Assim, estes novos contratos dão ainda mais força aos laços do programa Artemis com parceiros internacionais e do setor privado — algo necessário para a agência, que vai depender de landers privados para pousar seus astronautas na Lua em 2024 e outras atividades posteriormente. Além disso, extrair e usar recursos de outros mundos são formas de garantir a condução de atividades sustentáveis e seguras do programa.

Fonte: NASA