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Missão chinesa Chang'e-4 descobre origem de regolito no lado afastado da Lua

Por| 10 de Setembro de 2020 às 12h45

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Missão chinesa Chang'e-4 descobre origem de regolito no lado afastado da Lua
Missão chinesa Chang'e-4 descobre origem de regolito no lado afastado da Lua

Os pesquisadores chineses por trás da missão Chang’e-4 divulgaram descobertas interessantes sobre a face afastada da Lua — ou seja, o lado que nunca se volta para a Terra e, portanto, não podemos vê-lo daqui. Além de observar que essa região lunar é bem diferente da face próxima, a equipe também descobriu detalhes sobre o regolito de uma grande cratera.

A cratera em questão é a Von Karman, que fica na Bacia do Polo Sul-Aitken, que, por sua vez, é uma das maiores crateras de impacto conhecidas no Sistema Solar, além de ser a maior, mais antiga e mais profunda depressão da Lua. De acordo com os pesquisadores chineses, que analisaram os dados da sonda Yutu-2, o regolito lunar que existe nessa área foi jogado lá quando um asteroide atingiu a Lua em uma cratera vizinha.

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Em um artigo publicado na revista Nature Astronomy, a equipe afirmou que o radar de penetração de solo do Yutu-2 revelou semelhanças entre o regolito da cratera Von Karman e o material da cratera Finsen, que fica ali perto. Isso é um indício de que o material nas proximidades da sonda chegou lá depois de ser ejetado pela força do impacto do asteroide que caiu na Lua e formou a cratera Fonsen.

Além disso, os pesquisadores também notaram que o lado afastado da Lua é muito diferente do lado visível. É que naquela região, onde a missão Chang’e-4 é pioneira, existe uma quantidade bem maior de colinas, fendas e crateras, estas últimas sendo muito mais profundas.

Esse estudo é importante porque coloca em xeque a ideia de que o material que compõe esse regolito teria origem em alguma fonte vulcânica. Como os próprios cientistas chineses apontam, os dados do rover Yutu-2 da missão Chang-e-4, que recentemente completou 600 dias em solo lunar, já são o suficiente para ajudar a comunidade científica na compreensão da geologia do lado afastado da Lua, bem como no entendimento da própria história do nosso satélite natural.

Fonte: Phys.org