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Maior acelerador de partículas do mundo volta a funcionar com energia recorde

Por| Editado por Rafael Rigues | 06 de Julho de 2022 às 14h45

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Maximilien Brice/Cern
Maximilien Brice/Cern

O Grande Colisor de Hádrons (ou apenas “LHC”, na sigla em inglês), o maior e mais poderoso acelerador de partículas no mundo, voltou à atividade, acelerando e colidindo partículas a velocidades maiores do que nunca: nesta terça-feira (5), o LHC realizou colisões de prótons a 13,6 trilhões de eletronvolts.

As novas colisões ocorreram após a retomada das operações do LHC, em abril. Após três anos de atualizações e manutenções, o colisor está pronto para um trabalho que deverá se estender por quatro anos. “As maiores taxas de colisões, de energia, dados atualizados, sistemas de seleção, novos detectores e infraestrutura são fatores que apontam para uma temporada de física promissora”, destacou o CERN (European Organization for Nuclear Research), que opera o LHC, em um comunicado.

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Fabiola Gianotti, diretora geral do CERN, comemorou a conquista. “É um momento mágico: acabamos de ter colisões a um nível de energia sem precedentes, e isso abre uma nova era de exploração no CERN”, disse ela, durante uma conferência realizada após o experimento. No interior do LHC, partículas subatômicas são aceleradas a velocidades próximas daquela da luz por um túnel de 27 km instalado sob Genebra, na Suíça.

Já Patricia McBride, representante do detector Solenóide de Múon Compacto, afirmou a repórteres que eles esperam ver “muitos outros Higgs” — se referindo ao Bóson de Higgs, partícula descoberta há quase uma década com o LHC. Agora, ela acredita que as atualizações do LHC devem trazer medidas mais precisas, capazes de revelar mais sobre a natureza do bóson.

Para Gianotti, estes novos conhecimentos serão de grande ajuda para estudos do universo em grande escala. “É uma partícula muito especial, com propriedades muito especiais, que trazem novas interações”, explicou. “De certa forma, o Higgs está relacionado a várias questões em aberto, como a evolução do universo e até seu destino”, sugeriu ela.

Fonte: CERN