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Lua parece ter núcleo interno semelhante ao da Terra

Por| Editado por Patricia Gnipper | 05 de Maio de 2023 às 14h28

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viledevil/Envato
viledevil/Envato

Novas evidências da estrutura interna da Lua foram reveladas por uma equipe de cientistas da França. Eles descobriram que nosso satélite natural parece ter um núcleo sólido em seu interior, cercado por outro externo e líquido, como acontece na Terra, e encontraram também explicações para a presença dos elementos encontrados em regiões vulcânicas da Lua.

Em 2011, cientistas da NASA usaram dados coletados pelos astronautas das missões Apollo para investigar o interior da Lua, e descobriram que ali parecia haver um núcleo interno com cerca de 240 km de raio. No novo estudo, os cientistas franceses encontraram evidências que correspondem àquelas dos resultados da NASA.

Eles descobriram também que o núcleo sólido da Lua deve ser formado por um metal de densidade parecida com a do ferro. Diferentes métodos já haviam revelado a presença do núcleo líquido, mas o sólido ficou escondido por todo esse tempo porque era pequeno demais para ser detectado.

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Os pesquisadores identificaram a estrutura com a ajuda de modelos computacionais, que trabalharam com dados de missões espaciais e experimentos com lasers. Ainda, os autores descobriram algumas evidências que parecem apoiar a hippótese do movimento de material no manto (a camada entre o núcleo e crosta) durante a evolução lunar.

Este processo pode explicar a presença de compostos ricos em ferro na superfície da Lua, que teriam subido do interior à superfície. O material teria formado rochas vulcânicas na crosta, enquanto os compostos densos demais em relação aos seus arredores teriam afundado pela superfície, retornando para a região entre o núcleo e o manto.

O estudo mostrou ainda que a densidade do núcleo interno é bem parecida com aquela do núcleo da Terra, o que indica que pode ser feito de ferro. Segundo os modelos, o núcleo interno deve ter raio de 258 km, e o externo, de 362 km.

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O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Nature.

Fonte: Nature; Via: CNRS