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Kosmos 482 | Agências espaciais seguem sonda soviética; ESA prevê queda dia 10

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Via Wikimedia (CC BY-SA 3.0)
Via Wikimedia (CC BY-SA 3.0)

A antiga sonda soviética Kosmos 482 está a caminho de reentrar na atmosfera da Terra e segue acompanhada por cientistas e pesquisadores de todo o mundo. Segundo informações da Agência Espacial Europeia (ESA), a reentrada do objeto pode acontecer no próximo sábado (10). 

De acordo com as estimativas mais recentes da ESA, a reentrada deve ocorrer por volta das 3h18 no horário de Brasília, com incerteza de mais ou menos 18 horas. Os especialistas da agência acreditam que a espaçonave deve começar a se romper a 80 km de altitude. 

Vale lembrar que, mesmo que o objeto mergulhe pela atmosfera no dia e horário previstos, ainda deve levar algum tempo até que os sistemas de rastreamento revelarem onde ocorreu a reentrada. 

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Lançada em 1972 pela antiga União Soviética, a Kosmos (ou Cosmos) 482 é uma sonda que deveria ter seguido viagem a Vênus. Entretanto, uma falha em seu lançamento impediu que seguisse viagem ao "planeta infernal".

Com o ocorrido, a espaçonave permaneceu em órbita ao redor da Terra e acabou fragmentada em diferentes pedaços; alguns reentraram na atmosfera e foram queimados, mas outros passaram os últimos 50 anos orbitando nosso planeta. 

Ainda não está claro exatamente qual deles vai reentrar, mas os pesquisadores suspeitam que o retorno deve ser da cápsula de entrada que deveria ter viajado a Vênus. "O módulo de pouso pode alcançar a superfície da Terra inteira ao invés de se romper e queimar", observou a ESA em comunicado. 

O que acontece é que este lander foi projetado para resistir às condições extremas da atmosfera de Vênus, ou seja, está preparado para sobreviver a altas acelerações e pressão 100 vezes maior que aquela que ocorre na Terra. "O horário e local da reentrada atmosférica devem ser conhecidos com maior precisão nos próximos dias, mas a incerteza vai continuar razoavelmente alta até a reentrada", observou a NASA em comunicado.  

Mesmo assim, não há motivo para pânico. "O risco de ferimentos por qualquer reentrada de satélites é extremamente remoto", ressaltou a agência. "Os riscos anuais de um ser humano ser atingido por um detrito espacial é menos de 1 em 100 bilhões", acrescentaram. 

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Fonte: ESA