James Webb tira bela foto de galáxias espirais em colisão
Por Danielle Cassita • Editado por Patricia Gnipper |
O telescópio James Webb capturou uma nova imagem de uma dupla de galáxias espirais em colisão que, juntas, são chamadas de "Arp 220". O encontro das delas emitiu luz equivalente a mais de um trilhão de vezes aquela liberada pelo Sol, e impulsionou intensos processos de formação estelar ali.
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Devido às galáxias passando pela fusão, Arp 220 é um objeto bastante brilhante principalmente na luz infravermelha — e, como o Webb é especialista na luz infravermelha próxima e média, elas são ótimos objetos para observações com ele. Desta vez, o Webb o observou com os instrumentos NIRCam e MIRI.
O telescópio revelou algumas formações interessantes ali — entre elas, estão estruturas azuladas de brilho bem fraco. Elas são caudas de maré, formadas por material arrancado das galáxias pela ação da gravidade, e indicam a “dança” ocorrendo entre as galáxias. Já os tons alaranjados representam matéria orgânica nos filamentos de Arp 220.
Arp 220 é um objeto tão brilhante que foi classificado como ULIRG, sigla em inglês para “galáxia ultra luminosa no infravermelho”. Esta ULIRG fica a 250 milhões de anos-luz de nós, e é o mais próximo e brilhante em meio às outras três galáxias em fusão mais próximas da Terra.
O objeto é formado pelo encontro de duas galáxias do tipo espiral, iniciado há cerca de 700 milhões de anos. O processo rendeu formação estelar tão intensa que há por volta de 200 grandes aglomerados estelares por lá, aninhados em uma região de poeira que se estende por cerca de 5 mil anos-luz.
Observações anteriores revelaram aproximadamente 100 remanescentes de supernova em uma área que mal chega a 500 anos-luz de extensão. Já os núcleos das galáxias em colisão foram revelados pelo telescópio Hubble, que mostrou que eles estavam separados por mais de 1.000 anos-luz; cada um deles conta com anéis formados por regiões de estrelas em formação. Nesta foto, os núcleos aparecem com forte luminosidade infravermelha e algumas “pontas”, típicas das observações do James Webb.
Fonte: Webb Telescope