Publicidade

James Webb tira bela foto de galáxias espirais em colisão

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

Compartilhe:
NASA, ESA, CSA, STScI, Alyssa Pagan (STScI)
NASA, ESA, CSA, STScI, Alyssa Pagan (STScI)

O telescópio James Webb capturou uma nova imagem de uma dupla de galáxias espirais em colisão que, juntas, são chamadas de "Arp 220". O encontro das delas emitiu luz equivalente a mais de um trilhão de vezes aquela liberada pelo Sol, e impulsionou intensos processos de formação estelar ali.

Devido às galáxias passando pela fusão, Arp 220 é um objeto bastante brilhante principalmente na luz infravermelha — e, como o Webb é especialista na luz infravermelha próxima e média, elas são ótimos objetos para observações com ele. Desta vez, o Webb o observou com os instrumentos NIRCam e MIRI.

Canaltech
O Canaltech está no WhatsApp!Entre no canal e acompanhe notícias e dicas de tecnologia
Continua após a publicidade

O telescópio revelou algumas formações interessantes ali — entre elas, estão estruturas azuladas de brilho bem fraco. Elas são caudas de maré, formadas por material arrancado das galáxias pela ação da gravidade, e indicam a “dança” ocorrendo entre as galáxias. Já os tons alaranjados representam matéria orgânica nos filamentos de Arp 220.

Arp 220 é um objeto tão brilhante que foi classificado como ULIRG, sigla em inglês para “galáxia ultra luminosa no infravermelho”. Esta ULIRG fica a 250 milhões de anos-luz de nós, e é o mais próximo e brilhante em meio às outras três galáxias em fusão mais próximas da Terra.

O objeto é formado pelo encontro de duas galáxias do tipo espiral, iniciado há cerca de 700 milhões de anos. O processo rendeu formação estelar tão intensa que há por volta de 200 grandes aglomerados estelares por lá, aninhados em uma região de poeira que se estende por cerca de 5 mil anos-luz.

Observações anteriores revelaram aproximadamente 100 remanescentes de supernova em uma área que mal chega a 500 anos-luz de extensão. Já os núcleos das galáxias em colisão foram revelados pelo telescópio Hubble, que mostrou que eles estavam separados por mais de 1.000 anos-luz; cada um deles conta com anéis formados por regiões de estrelas em formação. Nesta foto, os núcleos aparecem com forte luminosidade infravermelha e algumas “pontas”, típicas das observações do James Webb.

Fonte: Webb Telescope