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James Webb identifica nuvens curiosas na lua Titã, de Saturno

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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NASA, ESA, CSA, A. Pagan (STScI), JWST Titan GTO Team
NASA, ESA, CSA, A. Pagan (STScI), JWST Titan GTO Team

O telescópio James Webb realizou suas primeiras observações da lua Titã, de Saturno, capturando imagens intrigantes das nuvens em sua atmosfera. O trabalho foi realizado por uma equipe internacional de cientistas, que usou o telescópio para investigar a atmosfera da lua na luz infravermelha, capaz de revelar padrões meteorológicos e composições gasosas.

Titã é a única lua no Sistema Solar que contém uma atmosfera densa, sendo também o único outro corpo planetário (com exceção da Terra) com lagos, rios e mares. Mas, diferentemente do que há no nosso planeta, os líquidos na superfície de Titã são compostos por metano e etano.

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Para investigar esta lua e seus processos, o astrônomo Conor Nixon solicitou 15 horas de observação dela com o James Webb, com o objetivo de estudar a atmosfera da lua, a distribuição da névoa por lá, identificação de novos gases e mais. Ao fim do processo, Nixon e seus colegas ficaram maravilhados com os dados obtidos.

“Fantástico! Amei ver as nuvens e as óbvias marcações de reflexos”, disse Heidi Hammel, cientista planetária da Associação de Universidades para Pesquisa em Astronomia. É que, conforme analisaram os dados, eles identificaram duas nuvens em Titã, e uma delas estava sobre Kraken Mare, um mar que pode ter mais de 300 m de profundidade.

Depois, eles realizaram novas observações com o Observatório W. M. Keck, no Havaí. “Estávamos preocupados com as nuvens terem desaparecido quanto as observássemos dois dias depois com o Keck, mas para nossa surpresa, havia nuvens nas mesmas posições, parecendo que tinham sofrido mudanças em seus formatos”, disse o astrônomo Imke de Pater.

O alinhamento das nuvens não significa, necessariamente, que ambos os observatórios identificaram as mesmas formações. Como o hemisfério norte de Titã está no fim do verão e vem recebendo mais radiação, é possível que o Observatório Keck tenha identificado nuvens recém-formadas.

O trabalho ainda não acabou, e a equipe ainda espera receber novos dados dos instrumentos NIRCam, NIRSpec e MIRI no ano que vem. Este último, especificamente, poderá revelar até comprimentos de onda jamais vistos no espectro da lua Titã, que podem conter informações sobre os gases existentes na atmosfera de lá.

Fonte: NASA