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ISS pode ser aposentada em 2030 sem estações comerciais prontas

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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NASA
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Talvez demore um pouco até que as estações espaciais comerciais iniciem as atividades após o fim da Estação Espacial Internacional (ISS) — e, para a NASA, tal lacuna não é um problema tão preocupante. Segundo Phil McAlister, diretor da divisão espacial comercial na agência, a prioridade atual é a segurança.

Em uma reunião, ele explicou que a NASA não vai abrir mão da segurança para cumprir um cronograma após as lições aprendidas no Commercial Crew, iniciativa através da qual a agência fecha parcerias com empresas para levar seus astronautas à ISS. “É um risco de cronograma, e estamos fazendo algumas ações para reduzi-lo”, explicou.

Uma delas é trabalhar com várias empresas. No momento, a Axiom Space, Blue Origin e Voyager Space já fecharam acordos com a NASA, voltados para apoiar o desenvolvimento inicial de suas respectivas estações. “Não depender de uma só provedora realmente aumenta a probabilidade de que alguém vai estar pronto a tempo”, disse ele.

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Tais medidas são necessárias porque Bill Nelson, administrador da NASA, anunciou no ano passado que as atividades da ISS seriam estendidas até 2030; depois, começa uma etapa de transição do trabalho desenvolvido no laboratório orbital para as estações espaciais comerciais, que ainda vão ser desenvolvidas.

Por isso, a NASA considera também a possibilidade de estender as operações da ISS para além de 2030. A decisão vai depender da situação do laboratório orbital e dos parceiros do programa, mas Ken Bowersox, administrador associado de operações espaciais na agência, observou que o fim da ISS em 2030 “não é obrigatório”

Posteriormente, ele reforçou que a NASA segue planejando aposentar a ISS em 2030, mas que se prepara para outros cenários como uma forma de garantir a continuidade das pesquisas na órbita baixa da Terra. Entretanto, McAlister observou que até este objetivo pode ser revisto, caso haja necessidade.

Segundo ele, “se todas as mitigações falharem, teríamos uma lacuna temporária na órbita baixa da Terra”. Ele acrescentou que, claro, o impacto não é o cenário ideal, mas acredita que a recuperação dos seus efeitos é possível principalmente a curto prazo, e que os voos feitos com veículos comerciais podem ajudar a reduzi-lo.

Fonte: Via: SpaceNews