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ISS faz mais uma manobra para desviar de detritos espaciais na órbita da Terra

Por| 23 de Setembro de 2020 às 15h00

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Nesta terça-feira (22), detritos espaciais causaram um pequeno inconveniente à Estação Espacial Internacional (ISS): os astronautas a bordo do laboratório orbital enfrentaram uma manobra de desvio para garantir que não haveria uma colisão com nenhum pedaço de lixo espacial. Os detritos estavam a alguma distância da estação, mas a manobra foi feita para garantir que a ISS ficaria ainda mais longe deles. Os astronautas não estiveram em perigo.

Em solo, os controladores de voo russos e estadunidenses trabalharam juntos em uma operação que durou pouco mais de dois minutos para ajustar a órbita da ISS e evitar colisões. Durante o procedimento, três tripulantes norte-americanos da Expedição 63 (que estão hoje na estação) foram orientados a se deslocarem para o segmento russo da ISS, porque estariam mais próximos da nave Soyuz MS-16, conforme exige o protocolo de segurança. Depois do procedimento, eles reabriram as escotilhas entre os segmentos e retomaram as atividades habituais.

De acordo com um tweet publicado pelo astrônomo Jonathan McDowell, os detritos em questão eram, na verdade, partes do foguete japonês H-2A, que foi lançado em 2018 e se rompeu em mais de 70 pedaços em 2019. O estágio superior do foguete foi deixado em órbita a mais de 100 km acima de onde a ISS se encontra, e também se rompeu no ano passado. Membros da comunidade espacial já alertaram que os estágios superiores podem contribuir para o aumento de detritos espaciais pelo tamanho e por serem depositados em órbitas similares, o que pode aumentar o risco de colisão entre eles.

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A ISS orbita nosso planeta a mais de 400 quilômetros de altitude com velocidade de 27 mil quilômetros por hora. Devido à velocidade, até mesmo um objeto pequeno seria capaz de causar danos sérios a um dos painéis solares da estação, por exemplo. Em outro tweet, Jim Bridestine, administrador da NASA, lembrou que esta foi a terceira manobra do tipo realizada pela ISS apenas neste ano, e alertou que o problema está ficando cada vez mais comum.

Conforme a órbita da Terra vai ficando cheia de detritos de satélites, foguetes e outros objetos lançados ao espaço, essas operações podem se tornar cada vez mais comuns. Segundo estimativas da Agência Espacial Europeia (ESA), existem quase 129 milhões de detritos orbitando nosso planeta, sendo que 34 mil deles medem mais de 10 centímetros.

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Fonte: Phys.org, NASA, SpaceNews, Space.com