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ISS é perigosa por ter "falhas em massa", diz diretor da Roscosmos

Por| Editado por Patricia Gnipper | 05 de Setembro de 2022 às 12h54

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NASA
NASA

Yuri Borisov, diretor da agência espacial russa Roscosmos, afirmou que a Estação Espacial Internacional (ISS) é perigosa para os astronautas, devido a seu longo tempo de operação. Segundo ele, as falhas em massa dos equipamentos, somadas ao envelhecimento dos componentes da estação (que já opera há mais de duas décadas) vêm colocando os tripulantes dela em risco.

Borisov destacou que, no sentido técnico, a ISS já passou de todos os “períodos de garantia”. “Isso é perigoso, um processo como uma avalanche de falhas nos equipamentos está começando, rachaduras estão aparecendo”, observou, em referência às rachaduras encontradas por astronautas em diferentes momentos. E, segundo um astronauta da NASA aposentado, a estação pode ter ainda mais rachaduras do que aquelas conhecidas.

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A ISS foi lançada em 1998 e é continuamente ocupada por astronautas desde 2000, graças a uma parceria liderada pelos Estados Unidos e Rússia, junto de nações parceiras como Canadá, Japão e alguns países europeus. A NASA quer manter o funcionamento da estação até 2030, mas a Rússia tem outros planos, que começam com a saída do programa da estação, já sinalizada algumas vezes.

A decisão vem dos planos do país para trabalhar em uma estação própria. Segundo Borisov, a futura estação espacial russa orbitará a Terra ao redor das regiões polares. Isso permitirá observar mais amplamente o território do país, além da coleta de novos dados sobre radiação cósmica. Em agosto, a Roscosmos revelou um modelo do complexo orbital.

O diretor da Roscosmos afirmou também que a estação estará aberta para o que descreveu como “países amigáveis”. Entretanto, as futuras colaborações não valem somente para o complexo orbital russo: segundo ele, a Rússia está agora procurando meios para interagir com algumas das nações amigas mais próximas, como a China, para desenvolver iniciativas de exploração da Lua e do espaço profundo.

Fonte: Reuters