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Impacto mais antigo de meteorito pode ter ocorrido há 3,48 bilhões de anos

Por| Editado por Patricia Gnipper | 17 de Março de 2023 às 14h12

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Reprodução/urikyo33/Pixabay
Reprodução/urikyo33/Pixabay

A evidência mais antiga do impacto de um meteorito na Terra foi encontrada na Austrália. Christian Köberl e seus colegas analisaram a formação Dresser e descobriram sinais do impacto ocorrido há 3,48 bilhões de anos. Até então, os depósitos de impactos considerados mais antigos tinham 3,47 e 3,45 bilhões de anos. A descoberta foi revelada nesta terça-feira (14), durante uma apresentação na Conferência de Ciência Lunar e Planetária.

A formação Dresser fica na Austrália e, em seu interior, guarda algumas das mais antigas e bem preservadas rochas vulcânicas e sedimentares. Foi ali que pesquisadores identificaram moléculas orgânicas e gases datados de 3,5 milhões de anos atrás, que formaram a base necessária para o surgimento das primeiras formas de vida da Terra.

Em sua fala, Köberl destacou a dificuldade de encontrar e determinar a idade de rochas na Terra, devido aos processos biológicos e geológicos que ocorrem na crosta do nosso planeta. Apesar disso, enquanto coletavam núcleos da formação Dresser para análise, eles encontraram pequenas esférulas rochosas com menos de um milímetro de diâmetro, organizadas em camadas.

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As esférulas podem ser formadas por diferentes tipos de processos e, entre eles, está o impacto de meteoritos, que, quando ocorrem, derretem rochas próximas que, depois, se solidificam. Para descobrir se aquelas encontradas vieram de algum impacto, Köberl e seus colegas usaram técnicas para analisar a textura e composição.

Eles descobriram que as camadas de esférulas são dominadas por compostos de fora da Terra, como grandes quantidades de irídio, isótopos de ósmio e minerais chamados “espinélios de níquel-cromo”. Além disso, as esférulas tinham características comuns àquelas formadas por impactos, vindas da solidificação após a queda da rocha espacial.

Os grãos encontrados são quase idênticos àqueles já descobertos na Austrália e na África do Sul. “Algumas destas camadas de esférulas foram encontradas em alguns dos núcleos perfurados, e provavelmente representam pelo menos dois, ou talvez três eventos individuais”, acrescentou ele. Agora, os pesquisadores estão refinando a compreensão das camadas e investigando como elas podem afetar o que se sabe sobre o bombardeio de meteoritos ocorrido há bilhões de anos em nosso planeta.

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Fonte: News Scientist