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Hubble observa misteriosa galáxia espiral anã a 11 milhões de anos-luz da Terra

Por| Editado por Rafael Rigues | 24 de Maio de 2022 às 15h30

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NASA/ESA/H. Feng
NASA/ESA/H. Feng

Uma nova imagem do Telescópio Espacial Hubble mostra a borda da galáxia espiral anã apelidada de “Olho da Agulha”, localizada a 11 milhões de anos-luz de nós. Também conhecida como NGC 247 e Caldwell 62, a pequena galáxia recebeu este apelido porque em uma de suas extremidades existe um misterioso “vazio de estrelas”.

A Olho da Agulha está localizada no Grupo do Escultor, o grupo de galáxias mais próximo ao Grupo Local, no qual a Via Láctea se encontra. No canto direito superior da nova imagem do Hubble, aparece a borda da galáxia anã e do lado oposto uma região relativamente vazia.

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Fora da NGC 247, estão visíveis galáxias menores e mais distantes, além de uma estrela muito brilhante em primeiro plano, posicionada entre a Terra e a galáxia. O vermelho intenso em sua borda indica a presença de gás e poeira de alta densidade, sinalizando uma forte formação estelar nesta região.

O “buraco” misterioso da galáxia não está visível nesta imagem. Do outro lado da galáxia, existe uma região onde o gás é escasso e, portanto, existe pouco material para a formação de novas estrelas — e apenas algumas estrelas velhas e fracas são encontradas ali.

Os astrônomos ainda não compreenderam a causa deste “vazio”, mas algumas pesquisas sugerem interações gravitacionais com outras galáxias no passado da NGC 247. A galáxia anã também intriga os cientistas por abrigar um objeto conhecido como “fonte de raios-X ultraluminosa" (ULX).

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Há anos os cientistas tentam descobrir se essas fontes de raios-X são buracos negros de massa estelar que se alimentam de enormes quantidades de gás ou de buracos negros de massa intermediária menores que os buracos negros nos centros das galáxias.

Os pesquisadores usaram as observações em luz visível e infravermelha do Hubble e as de raios-X do observatório de raios-X Chandra e encontraram alguns sinais de que os raios-X ultraluminosos encontrados na NGC 247 estão vindo de um disco ao redor de um buraco negro de massa intermediária.

Fonte: NASA