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Guitarrista do Queen atua nas análises das amostras do Bennu

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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OSIRIS-REx, University of Arizona, NASA
OSIRIS-REx, University of Arizona, NASA

Brian May, guitarrista da banda britânica Queen e astrofísico, está participando das análises das amostras do asteroide Bennu. Em uma publicação no blog da NASA, May explicou que ele e a cientista cidadã Claudia Manzoni estão examinando os dados visuais pela sonda OSIRIS-REx durante sua visita à rocha espacial.

May e seus colegas estão investigando as fotos da superfície do asteroide Bennu, tiradas pela sonda OSIRIS-REx. O objetivo da análise é encontrar oportunidades para aplicar a estereoscopia, uma técnica que adiciona um efeito tridimensional a uma imagem 2D.

“Procuramos pares de imagens da superfície do Bennu tiradas de pontos de vista a alguma distância uns dos outros”, escreveu ele. “Esta separação dos pontos, conhecida como ‘linha de base’, precisa ser exata para nos dar a experiência da profundidade e realidade quando as imagens forem vistas estereoscopicamente”, destacou o astrofísico.

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Ele explicou que visualizações deste tipo exigem que as fotos do lado direito e esquerdo sejam entregues separadamente aos olhos esquerdo e direito, respectivamente, que é como enxergamos. Desta forma, as pequenas diferenças entre os componentes do par de fotos (conhecidas como diferenças de paralaxe) permitem que o cérebro perceba profundidade nelas.

Várias fotos foram tiradas durante a remoção do dispositivo TAGSAM, que foi usado durante a coleta delas em 2021. May destacou que, em meio às fotos, estava um par de imagens quase perfeito, que mostrava a estrutura dos grãos escuros do asteroide Bennu. “A equipe de curadoria facilitou para nós”, acrescentou ele.

Esta não é a única contribuição dele à missão. Em participação na NASA TV, o astrofísico destacou que fez parte da equipe que ajudou na coleta das amostras e criou imagens estereoscópicas a partir dos dados da sonda, que ajudaram os cientistas a descobrir o melhor lugar para coletar as amostras. Recentemente, ele publicou um atlas sobre o Bennu.

As análises das amostras do Bennu são de grande interesse para os cientistas, já que objetos do tipo são feitos de matéria que estava presente durante a formação do Sistema Solar, há cerca de 4,6 bilhões de anos. Assim, estes asteroides podem revelar mais sobre o passado da nossa vizinhança.

Fonte: NASA