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Fronteira do Sistema Solar pode ser "deformada" por ondulações

Por| Editado por Patricia Gnipper | 13 de Outubro de 2022 às 15h34

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NASA/Goddard Space Flight Center
NASA/Goddard Space Flight Center

Uma equipe de cientistas liderada pelo astrofísico Eric Zirnstein, da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, descobriu grandes ondulações na “fronteira” entre a heliosfera, a qual cerca o Sistema Solar, e o espaço interestelar. Os resultados sugerem que é possível conseguir uma imagem detalhada desta área, bem como das suas mudanças com o tempo.

Eles trabalharam com dados da sonda Interstellar Boundary Explorer (IBEX), da NASA. Ela mede átomos neutros energizados, formados quando o vento solar encontra o vento interestelar na fronteira do nosso sistema. Quando isso acontece, alguns dos átomos são lançados pelo espaço, enquanto outros voltam para a Terra.

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Ao considerar a força do vento solar que as produziu, as partículas neutras que retornam podem ajudar a mapear a forma da fronteira que marca o fim da heliosfera. Os mapas já produzidos desta estrutura trabalharam com medidas de grande escala da evolução da pressão do vento solar e das emissões dos átomos neutros, mas em um intervalo de apenas seis meses em 2014, a pressão do vento solar aumentou em 50%.

Por isso, a equipe trabalhou com este breve evento para entender melhor o formato do choque de terminação (a onda de choque que marca o fim do vento solar supersônico, como consequência à pressão do meio interestelar) e da heliopausa, onde o vento solar é bloqueado pelo meio interestelar.

Foi assim que eles descobriram as ondulações, que se estendem por algumas dezenas de unidades astronômicas (cada unidade representa a distância média entre a Terra e o Sol). Ao realizar simulações das interações entre o vento de alta pressão com a fronteira, a equipe descobriu que a pressão chegou ao choque de terminação em 2015, enviando uma onda de pressão a uma área conhecida como “heliosheath”, entre o choque e a heliopausa.

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As medidas obtidas pelos autores indicam uma mudança significativa na distância à heliopausa que, quando comparadas àquelas obtidas pelas sondas Voyager 1 e 2, indicam que o formato da heliopausa muda, mas não se sabe o porquê. Por fim, os autores acreditam que o lançamento de uma missão futura, com foco nas medidas das emissões de átomos energéticos neutros com alta precisão, ajudará a entender melhor as perguntas desta bolha.

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Nature Astronomy.

Fonte: Nature Astronomy; Via: Science Alert