Foguete da Firefly Aerospace pode ter feito buraco na atmosfera
Por Danielle Cassita • Editado por Patricia Gnipper |
Recentemente, a Firefly Aerospace lançou seu foguete Alpha, que levou ao espaço um satélite da Força Espacial dos Estados Unidos. A missão foi um sucesso, e parece ter rendido um fenômeno conhecido como buraco atmosférico.
- Como funciona um foguete?
- Foguete da SpaceX cria "água-viva espacial" no céu da Flórida; veja as imagens!
O foguete Alpha deixou a plataforma na Base da Força Espacial Vandenberg, na Califórnia, às 23h28 no horário de Brasília, levando o satélite Victus Nox. Quando iniciar suas operações, o satélite vai ajudar no monitoramento do ambiente espacial.
Após deixar o solo, o veículo deixou uma pluma de exaustão visível a mais de 1.600 km. Ela se dissipou, mas um brilho avermelhado permaneceu no céu, indicando que o foguete deixou uma abertura na ionosfera (camada que se estende de 80 km a 645 km sobre a superfície da Terra).
Os buracos atmosféricos surgem quando o combustível no segundo estágio dos foguetes é queimado na parte média da ionosfera, de 200 km a 300 km sobre a superfície. A esta altitude, o dióxido de carbono e o vapor d’água fazem com que os átomos de oxigênio ionizados se recombinem.
Com o processo, as moléculas emitem energia na forma da luz. Algumas horas depois, os gases recombinados são ionizados outra vez e a abertura se fecha, sem oferecer riscos para pessoas em solo.
Este não é o primeiro buraco atmosférico deixado por um lançamento espacial. Em julho, a SpaceX lançou um foguete Falcon 9 ao espaço, e não demorou muito até um brilho avermelhado ser observado no céu. Jeff Baumgardner, cientista da Universidade de Boston, acredita que o brilho visto na ocasião se deve ao lançamento.
Fonte: Via: LiveScience