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Fim de uma era? Nave russa cumpre último voo tripulado à ISS a pedido da NASA

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NASA/GCTC/Andrey Shelepin
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Nesta quarta-feira (14), a nave russa Soyuz chegou à Estação Espacial Internacional (ISS) em tempo recorde: foram necessárias apenas três horas e três minutos para que a astronauta Kate Rubins, da NASA, e os cosmonautas Sergey Ryzhikov e Sergey Kud-Sverchkov, da Roscosmos, chegassem ao laboratório orbital para uma missão de seis meses de duração nesta que agora é a Expedição 64. O voo também deve marcar o fim de uma era, pois este lançamento foi o último contratado pela NASA com os russos tendo a ISS como destino.

Rubins e Ryzhikov estão realizando seu segundo voo espacial, enquanto Kud-Sverchkov passa pela primeira experiência. O trio irá trabalhar em pesquisas de desenvolvimento de tecnologias, ciências da Terra, estudos de biologia e outros assuntos. Realizar pesquisas em microgravidade é importante para a NASA se preparar para futuras missões de longa duração em Marte e na Lua, além das melhorias geradas para a vida na Terra.

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Os três se juntaram à tripulação atual da ISS, (o astronauta Chris Cassidy e os comandantes Anatoly Ivanishin e Ivan Vagner, da Expedição 63), que devem voltar para a Terra em 21 de outubro em uma nave russa Soyuz, também. De acordo com a Roscosmos, o tempo de viagem foi o menor já registrado — geralmente, as jornadas para a ISS levam cerca de seis horas. Mesmo assim, esse tempo já é melhor do que havia no passado, uma vez que os voos de 2013 precisavam de dois dias para chegar à estação orbital.

Este lançamento ocorre intercalado entre duas missões tripuladas que a NASA vem fazendo com a SpaceX (a Demo-2, que levou dois astronautas para lá em caráter de testes, e a Crew-1, postergada recentemente para o mês de novembro). Com a entrada da empresa de Elon Musk (e, futuramente, da Boeing) nesse transporte de astronautas norte-americanos, a partir de solo americano, à ISS, os Estados Unidos devem enfim encerrar sua parceria com a Rússia para esse tipo de viagem espacial. Essa parceria começou em 2011, quando os EUA encerraram seu programa dos ônibus espaciais. A partir de agora, a ideia é que o país se independa dos russos de uma vez por todas nesse transporte à órbita terrestre — ainda que a NASA não tenha declarado, oficialmente, que não contratará mais a Roscosmos a partir de agora para tal.

Fonte: Spacenews, Phys.org, NASA