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Explosão solar "canibal" gerou auroras incríveis que foram fotografadas na ISS

Por| Editado por Patricia Gnipper | 08 de Novembro de 2021 às 17h35

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Thomas Pesquet/Flick
Thomas Pesquet/Flick

As erupções solares das últimas semanas foram intensas, mas não o suficiente para representarem alguma ameaça para nossos satélites ou instrumentos de comunicação aqui na Terra. Por outro lado, o impacto das partículas carregadas do Sol criaram auroras que impressionaram até mesmo os astronautas que estavam na Estação Espacial Internacional (ISS).

Ver as auroras de dentro da ISS não é exatamente uma novidade — aliás, alguns astronautas, como o veterano francês Thomas Pesquet, costumam registrar esses eventos com suas câmeras fotográficas, mas a última aurora foi excepcional. Isso porque ela foi gerara por uma ejeção de massa coronal tão veloz que, no meio do caminho em direção à Terra, “devorou” duas outras “nuvens” de plasma ejetadas anteriormente.

Pesquet, claro, não perdeu a oportunidade, fotografando também a auroras boreais intensas que se espalharam por várias regiões da América do Norte, como o Canadá e até mesmo Nova York. De acordo com o astronauta, essas foram as auroras mais fortes de toda a sua atual missão na ISS (que, aliás, durou aproximadamente seis meses). A espaçonave Crew Dragon, da SpaceX, deixou a estação orbital para trazer Pesquet e os demais tripulantes da missão Crew-2 de volta à Terra dois dias após ele tirar a fotografia abaixo.

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Ainda segundo o francês, essas auroras “desenharam uma verdadeira coroa sobre a América do Norte” e apresentaram picos “incríveis”, mais altos do que a própria órbita da ISS — a estação fica em média a 408 km de altitude. “Voamos bem acima do centro do anel, ondas rápidas e pulsos por toda parte”, relatou.

Ejeções de massa coronal (CMEs, da sigla em inglês) são formadas acima de manchas solares e disparam bolhas de plasma em direção ao espaço. As CMEs mais intensas ocorreram nos dias 1° e 2 de novembro, a partir de uma mancha solar chamada AR2887, ambas "canibalizadas" por uma terceira CME no final da terça-feira (2). A explosão partiu de outra mancha solar, chamada AR2891.

Os processos que levam o Sol a produzir tais eventos ainda não foram totalmente desvendados. Espera-se que a atividade solar aumente em meados da década, na metade do atual ciclo de onze anos, para então voltar à atividade mínima. Embora as tempestades solares preocupem os cientistas de clima espacial, as previsões são de que teremos um ciclo brando nesta década, assim como foi o ciclo anterior.

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Fonte: Space.com