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Exoplanetas menores que Netuno "encolhem" até ficarem do tamanho de superterras

Por| 03 de Fevereiro de 2021 às 18h10

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ESA/Hubble/NASA
ESA/Hubble/NASA

A ciência ainda vem buscando compreender mais a fundo como os planetas se formam e evoluem, até se tornarem o que vemos hoje. Agora, um novo estudo realizado por astrônomos da Universidade do Hawaii, liderados por Travis Berger, acrescenta uma peça neste quebra-cabeças: exoplanetas conhecidos como sub-Netunos encolhem o suficiente a ponto de ficarem com o tamanho de superterras.

Uma das principais descobertas da última década foi a detecção de um elo perdido na "árvore familiar" dos planetas, que separa aqueles pouco maiores que a Terra — ou seja, as superterras — dos sub-Netunos, planetas um pouco menores que Netuno. Contudo, ainda não ficou claro como esses planetas de diferentes tamanhos se formaram. Assim, com os dados das observações do telescópio espacial Kepler, da NASA, e da missão Gaia, da Agência Espacial Europeia, Berger descobriu que a radiação das estrelas afeta a atmosfera dos planetas ao seu redor.

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Eles perceberam que alguns exoplanetas perdem a atmosfera ao longo de bilhões de anos conforme são banhados pelo calor e luz da estrela. Na verdade, os astrônomos já consideravam que, se um sub-Netuno ficasse exposto à radiação estelar por tempo o suficiente, acabaria perdendo sua atmosfera e se tornaria uma superterra, porque apenas o núcleo rochoso iria resistir à ação da radiação. Só que, até então, ainda não tinha ficado claro o tempo que esse processo levaria para ocorrer.

Agora, o estudo deixou a questão mais clara: “embora já tenha sido previsto que os planetas iriam encolher conforme envelhecem, ainda não sabíamos se isso aconteceria em escalas de tempo de bilhões de anos”, disse Berger. “O fato de que vemos o tamanho dos planetas mudando nas escalas de tempo de bilhões de anos sugere que existe um caminho evolutivo, em que os sub-Netunos passam por uma transição até se tornarem planetas do tamanho das superterras”, finaliza. 

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista The Astronomical Journal.

Fonte: University of Hawaii, IFA